Embora seja uma condição natural da mulher, e que ocorre mensalmente por uma boa parte de sua vida, diversas dúvidas ainda rondam o público feminino quando o assunto é menstruação. Entre as indagações estão questões sobre tempo ideal, cor específica e o quão normal é sentir cólicas fortes, mas dentre as perguntas de milhões está: qual intensidade de fluxo é considerada normal?
De acordo com a diretora médica associada da área de Saúde Feminina da Organon, Talita Poli Biason, não existe uma resposta padronizada para esta pergunta, já que cada mulher é única, mas é preciso prestar atenção a algumas situações.
“O fluxo menstrual depende de vários fatores: questões genéticas, ambientais, nutricionais, além da faixa-etária. Ou seja, ele varia em cada pessoa e em cada fase da vida dela. Nos primeiros dois anos, por exemplo, o comportamento deste ciclo menstrual é completamente diferente de qualquer outro momento que ela vai ter na vida”, explica.
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Fatores como estresse, doenças, ganho de peso ou emagrecimento repentino, também podem provocar alterações no fluxo menstrual. Segundo a médica, em geral, os ciclos devem ter intervalos entre 21 e 40 dias, sendo que a média corresponde a 24 e 35 dias de intervalo. Já o período menstrual, normalmente, tem a duração de 2 a 7 dias.
“Alterações em um desses dois parâmetros é que vão fazer o ginecologista investigar a causa do problema. Além disso, a mulher tem que se sentir bem. Se sentir dor ou fraqueza, é importante procurar o médico”, orienta a especialista, acrescentando que a perda sanguínea por ciclo é de 5 a 80ml.
USO DE MÉTODO CONTRACEPTIVO HORMONAL E A INFLUÊNCIA NO FLUXO

A médica ainda lembra que a utilização de um método contraceptivo hormonal é mais um fator que influenciará no sangramento menstrual. E, mais uma vez, cada pessoa vai responder de forma diferente a esses hormônios que não são produzidos pelo próprio corpo.
“Há métodos que costumam diminuir o fluxo, mas não acontece com 100% das mulheres. Pode ser até que, para algumas, esse fluxo aumente”, afirma.
É importante ressaltar, segundo a Dra. Talita, que mesmo se o efeito do sangramento estiver sendo o oposto do esperado, não significa que o método hormonal não esteja sendo eficaz. “Se a pessoa estiver usando o contraceptivo corretamente, não é necessário se preocupar com a alteração do ciclo.” Um alerta que a médica faz é para ter cuidado com o uso de medicamentos concomitantes que podem diminuir a ação do contraceptivo hormonal. “É preciso sempre consultar a bula do produto e perguntar ao seu médico para se precaver de qualquer ocorrência”, avisa.
A troca de método contraceptivo é mais uma questão que pode provocar alteração no ciclo menstrual. Em geral, o período para se adaptar ao novo método pode levar de 3 a 6 meses. “Esse período para ajuste vai depender de cada mulher e do tipo de contraceptivo para o qual ela está migrando.”
A médica destaca que a função dos hormônios que não são produzidos pelo corpo feminino é ajudar a mulher ou pessoa com útero a ter autonomia do seu próprio corpo, permitindo que ela escolha o momento de engravidar ou de não engravidar. “Os métodos hormonais — e também outras formas de contracepção — são excelentes aliados para a liberdade da mulher”, finaliza.
TPM E OS CHOCOLATES

Fotos: Reprodução
Ainda no campo das dúvidas sobre menstruação, também está a relação da temida TPM (tensão pré-menstrual) com a irresistível vontade de comer chocolate. O Olhar Digital conversou com uma médica ginecologista para entender a ligação. Segundo a especialista, o caso parece ser fisicamente real, e não apenas uma desculpa para comer o doce. Veja reportagem completa aqui!
Fonte: Olhar Digital