A síndrome do ovário policístico (SOP) é um distúrbio hormonal marcado pela presença de cistos que podem causar uma série de sintomas nas mulheres em idade reprodutiva.
A endocrinologista Érika Fernanda de Faria, do hospital Santa Lúcia, de Brasília, reforça que a maioria das mulheres vão apresentar cistos no ovário em algum momento da vida, mas isso não significa necessariamente que elas têm SOP.
Para um diagnóstico correto, a paciente precisa apresentar dois de três sintomas, que são:
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Irregularidade menstrual;
Hiperandrogenismo (aumento do nível de testosterona no organismo);
Existência de 12 ou mais folículos e/ou volume ovariano alto (detectada pelo ultrassom transvaginal).
POR QUE A GORDURA ACUMULADA NA BARRIGA ?
Uma das queixas comuns entre pacientes com a síndrome, além das fortes cólicas e problemas de infertilidade, é o acúmulo de gordura na região abdominal, chamado popularmente de “barriga de SOP”.
De acordo com Érika, a síndrome é classificada em quatro fenótipos: A, B, C e D. Os três primeiros apresentam em comum o hiperandrogenismo.
Ela explica que o aumento da testosterona provoca a resistência insulínica nas pacientes — quando há insulina demais circulando no organismo, ou ela não cumpre seu papel corretamente, acaba sendo estocada, principalmente na forma de gordura abdominal.
A substância em excesso também pode causar mais fomeA gordura nessa região pode aumentar o risco de desenvolver outras doenças, como dislipidemia, hipertensão e problemas cardiovasculares.
“Os fenótipos A e B estão mais associados com a síndrome metabólica. Ou seja, a paciente, além da SOP, pode apresentar alterações como sobrepeso e a obesidade”, afirma a endocrinologista.
COMO TRATAR A BARRIGA DE SOP?
Érika ensina que a recomendação para as pacientes com SOP é a mudança do estilo de vida, com uma dieta adequada para lidar com o problema e a prática regular de atividade física.
“A perda de peso melhora muito a resistência insulínica, além de ser positiva para a questão da fertilidade. Mas, em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para o tratamento dessas pacientes”, afirma.
Fonte: Metrópoles