Brasil : Dieta cetogênica pode estar associada a maior risco de doença cardíaca
Enviado por alexandre em 07/03/2023 00:42:30

Uma dos regimes mais famosos para quem quer emagrecer, a dieta cetogênica pode estar relacionada ao aumento do risco de desenvolver doenças cardíacas, de acordo com um estudo canadense.

 

O cardápio sugere o consumo muito baixo de carboidratos e aposta em gorduras (nem sempre saudáveis) para obrigar o organismo a entrar em cetose e usar suas reservas para produzir energia, diminuindo as medidas e o peso do usuário.

 

Quem segue a dieta pode, por exemplo, comer bacon e usar óleo de coco, mas não deve comer mais de uma banana, já que a fruta tem a quantidade de carboidrato recomendada para o dia inteiro.

 

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Os pesquisadores da Universidade de British Columbia analisaram dados de 305 pessoas que seguiam a dieta cetogênica e compararam os resultados com 1,2 mil voluntários que não faziam nenhum regime específico.

 

As informações foram retiradas de um banco de dados britânico que seguiu os participantes por cerca de 10 anos.Segundo os cientistas, os seguidores da dieta cetogência tinham maiores níveis de colesterol LDL, conhecido como ruim, e apolipoproteína B, uma substância que cobre o colesterol LDL e funciona como um biomarcador para doenças cardíacas.


“Depois de uma média de 11,8 anos de acompanhamento  e após ajustar outros fatores de risco para doença cardíaca, como diabetes, pressão alta, obesidade e tabagismo  percebemos que as pessoas que seguiam a dieta cetogênica tinham duas vezes mais risco de ter eventos cardiovasculares graves, como bloqueio das artérias, ataque cardíaco, AVC e doença arterial periférica”, escrevem os pesquisadores em documento enviado à imprensa.

 

A cientista Iulia Iatan, principal autora do levantamento, conta que os resultados corroboram o que é visto em consultório: alguns pacientes começam a apresentar colesterol alto depois de seguir a dieta. Ainda assim, ela lembra que o estudo não comprova que a dieta aumenta o risco de doenças cardíacas, apenas mostra que as duas coisas estão relacionadas.

 

 

A pesquisa está disponível em versão pré-print, ou seja, não foi revisado pela comunidade científica, mas foi apresentado no Congresso Mundial de Cardiologia no último domingo (5/3).

 

Fonte: Metrópoles

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