A região conta com locais perfeitos para espantar o calor com aquele mergulho ou para "ficar de bubuia" ao lado da família. jornalismo@portalamazonia.com">Redação - jornalismo@portalamazonia.com O sol da região amazônica pede um mergulho, não é? Além dos rios e igarapés, a Amazônia conta com lagoas (menores, mais localizadas) e lagos (maiores e mais abrangentes) perfeitos para dar aquele 'tchibum' e "ficar de bubuia". O Portal Amazônia encontrou alguns locais para aproveitar esses atrativos. Confira: Lagoa Azul do Amazonas A cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas, é famosa por suas dezenas de cachoeiras. Mas uma lagoa localizada no município também chama atenção de muitos turistas pela raridade. O motivo da curiosidade dos visitantes é a coloração azul. Normalmente, as águas na Amazônia apresentam cores barrentas ou escuras. A paisagem é tão marcante foi batizada como 'Lagoa Azul'. Ela fica na comunidade Boa Esperança, no KM 120 da rodovia BR-174, que liga Manaus a Boa Vista, em Roraima. Para chegar ao local, é necessário percorrer oito quilômetros em estrada de barro ramal a dentro.
Foto: Reprodução/Instagram Lago do Robertinho O Lago do Robertinho é um balneário de águas transparentes no meio do cerrado de Roraima. Localizado a 50 km da capital Boa Vista, o lago atrai muitas pessoas em busca da beleza e lazer.
A cidade mais próxima é a capital Boa Vista, a 50 km de distância. O acesso é pela BR 174, sentido Pacaraima, e depois por uma estrada de terra. Na BR 174 tem uma placa indicando a entrada para a estrada de terra. Todo o caminho é sinalizado e fácil de chegar.
O local cobra uma taxa simbólica por pessoa para entrada e conta com atrações como SUP, tirolesa, andar a cavalo, dentre outros (pagos fora a parte do valor da entrada).
Foto: Reprodução/Governo de Roraima Lagos dos Lençóis Maranhenses O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado no litoral oriental do Estado do Maranhão, é o principal destino indutor do turismo local. Caminhar sobre as areias brancas do maior campo de dunas do Brasil, se refrescar em lagoas de água cristalina e observar o pôr-do-sol são experiências únicas para os turistas. O melhor período para visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses vai de maio a setembro, mas a unidade está aberta a visitação o ano inteiro, de segunda a segunda, das 8h às 18h. As principais cidades que dão acesso ao Parque são Barreirinhas e Santo Amaro do Maranhão, mas há acesso também por Humberto de Campos e Primeira Cruz. O principal acesso é pela rodovia MA-402, com asfalto em boas condições de tráfego.
Foto: Reprodução/Governo de São Luís Lago do Caracaranã Localizado no município de Normandia (RR), o atrativo é um dos principais pontos turísticos do estado, com praias, areia fina e águas transparentes com temperatura agradável em todas as horas do dia. No destino ainda é possível observar animais como garças, andorinhas e tamanduás. O lago já foi, inclusive, cenário de filmes e inspiração para a composição de canções. Para quem curte um ambiente tranquilo e sossegado e em contato direto com a natureza, é o local ideal. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip Lagoa da Lua Outra 'Lagoa Azul' que ganhou destaque é a do Tocantins. A cerca de 25 km da cidade de Cuiabá, a Lagoa da Lua, também é chamada de 'Lagoa Azul' e é ponto para mergulho e descanso. Tem cerca de 8 metros de profundidade e algumas espécies de peixes. Há também a 'Lagoa Encantada', nas margens do Rio das Mortes, onde dá para fazer flutuação. Foto: Reprodução/Facebook Lagoa do Japonês A Lagoa do Japonês está a 240 km de Palmas e a 35 km do centro de Pindorama. De água esverdeada e translúcida, a lagoa é ampla e com dois acessos para entrada na água por meio de um deck. A parte azul turquesa dela está para a direita, na entrada da gruta, e é a parte mais funda, com cerca de 3 metros de profundidade.
Para chegar até lá, você pode nadar cerca de 3 minutos ou ir em um barquinho que leva os turistas para passear na lagoa. A gruta esconde belezas naturais, mas para conhecê-la por dentro mesmo, só acompanhado por alguém da equipe local do balneário. Se for por conta própria, é indicado ir em carro que possua tração. Lagoa Azul de Pimenta Bueno Que tal mais uma 'Lagoa Azul' amazônica? Localizada a 19 km de Pimenta Bueno e a 64 km de Cacoal, em Rondônia, esta lagoa é pequena, mas popular. Saindo de Pimenta Bueno no sentido de Rolim de Moura, o acesso a Lagoa Azul fica ao lado esquerdo da estrada e tem uma placa sinalizando a entrada. É apenas 1km de estrada de terra. A estrutura do local conta com um deck de madeira, quiosques cobertos com mesas, bancos, churrasqueiras e banheiros. O local também é ideal para famílias com crianças pequenas, pois possui partes rasas. Foto: Reprodução/Instagram
Médico concilia interesses do conhecimento tradicional indígena com a medicina ocidental no Amazonas O médico paulistano Everson Ubiali faz do contato com as comunidades indígenas do município de Tabatinga, o canal de intercâmbio e fonte de informações. Portal Amazônia, com informações da Fiocruz Amazônia Conciliar os conhecimentos da medicina ocidental com os da medicina tradicional de populações indígenas e rurais da Amazônia pode parecer um desafio para profissionais de saúde, mas para o médico paulistano Everson Ubiali, há cerca de seis anos contratado da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da Prefeitura de Tabatinga, no Amazonas, para atuar na Saúde Indígena do município, é mais que uma rotina de trabalho. Ubiali faz do contato com as comunidades indígenas o canal de intercâmbio e fonte de informações. "Temos que respeitar a cultura das populações tradicionais. O conhecimento dos pajés, raizeiros e curandeiras é muito importante para nós. Trabalhamos juntos", conta Ubiali. Médico paulistano Everson Ubiali. Foto: Divulgação/FIOCRUZ Amazônia Foto: Divulgação/FIOCRUZ Amazônia Segundo Ubiali, o uso da medicina tradicional ajuda na construção de um bom relacionamento com as comunidades. "Todos eles utilizam ervas e procuram o doutor. Trabalhamos juntos para desmistificar a imagem de que só os médicos têm razão. Não fico me endeusando, procuro falar a linguagem que eles entendem, porque eu que tenho que me adequar à realidade deles. Nos nivelamos pela linguagem e quanto mais houver troca de saberes, maior a confiança no tratamento", conta. Nesse período em que se encontra na região do Alto Solimões, o profissional de saúde relata que já percebeu os efeitos positivos obtidos com esse modo de atuação, contribuindo no processo de cura e controle de algumas doenças, como o diabetes, por exemplo. "No começo, eram aproximadamente 80 atendimentos/mês e hoje esse número se reduziu à praticamente à metade", observa. Ubiali trabalha tanto na área indígena quanto na rural. "Consigo conciliar bem as duas vivências, sei das dificuldades e não me importo em ter que dormir muitas vezes na comunidade. Respeito e concordo com eles, não os desmereço, mas receito o medicamento que eles possam tomar junto com o seu chá", afirma.
Na saúde indígena, o acesso aos pajés, curandeiros e raizeiros é fundamental na assistência à saúde. "Todos que procuram o consultório médico passaram antes com os pajés. Eles recomendam as ervas e chás e pedem que o paciente procure o 'doutor'. Para os médicos que pretendem trabalhar na região amazônica, essa é uma premissa básica", aconselha. "Incentivo o trabalho conjunto, sobretudo quando há casos de doenças que agravam e precisam de um cuidado maior, para conseguirmos prestar essa assistência é imprescindível que trabalhemos juntos", confirma. Buscar a cura por meio da medicina tradicional é prática recorrente na comunidade Novo Paraíso. Que o diga dona Luzia Sales, 51, há 16 anos vivendo na comunidade. Com uma ferida no pé causada por uma queimadura, dona Luzia vem recebendo os cuidados da equipe de agentes comunitários de saúde, mas não abre mão do uso de ervas, folhas e raízes que ajudam no processo de cicatrização. Ela faz uso do Aranto – uma suculenta que ajuda no tratamento de doenças e machucados. "Ela (a planta) serve pra tudo, quando a pessoa está doente e faz o xarope ou aplica no local do ferimento, ajuda a sarar, atuando como um anti-inflamatório", explica Luzia, ao receber da vizinha algumas folhas, num movimento simbólico da relação da comunidade com o processo de cura por meio do conhecimento tradicional. |