Brasil : Viagem de ônibus mais longa do mundo passa pelo Mato Grosso, Rondônia e Acre com destino à Amazônia peruana
Enviado por alexandre em 24/05/2023 00:58:04

Com mais de 6.000 quilômetros de extensão, a famosa rota - registrada até no Guinness Book- sai do Rio de Janeiro com destino à Lima, capital do Peru. O percurso dura 5 dias.


Para quem gosta de viajar, o trajeto pode ser tão importante quanto o destino. Em viagens não aéreas e de longas distâncias ou horas, é possível vivenciar diversas aventuras, conhecer paisagens e até estabelecer laços de amizade.

Agora, você já imaginou passar cerca de 120 horas viajando? Passar por 14 cidades e dois países? Isso não só é viável como é conhecida como a viagem mais longa do mundo registrada até no Guinness World Records. 

Foto: José Caminha/Secom

Trajeto 

Com mais de 6.000 quilômetros de extensão, a famosa rota sai do Rio de Janeiro com destino à Lima, capital do Peru. O percurso dura 5 dias.

A rota iniciou em abril de 2023 e conta com cerca de 30 paradas estratégicas, passando pela neblina paulistana, pelo cerrado e pela Amazônia brasileira. Ao todo, são seis cidades brasileiras e mais seis cidades peruanas, com destino à capital. São elas:


  • Rio de Janeiro/RJ
  • São Paulo/SP;
  • Campo Grande/MS;
  • Cuiabá/MT;
  • Porto Velho/RO;
  • Rio Branco/AC;
  • Assis Brasil/AC;
  • Inapari;
  • Puerto Maldonado;
  • Cusco;
  • Abancay;
  • Nazca;
  • Ica;
  • Lima

Quem realiza essa operação é a empresa Trans Acreana, uma vez que o trecho não estava sendo explorado por nenhuma outra empresa pois, durante a pandemia de covid-19, a empresa peruana Expresso Internacional Ormeño, que fazia o trajeto, declarou falência.

Vale ressaltar que a a rota Rio-Lima está no Guinness World Records desde 2016, quando ainda era operada pela Ormeño.

Mal da altitude 

Contudo, a distância e o longo tempo da viagem não são os únicos desafios. Subir a Cordilheira dos Andes de ônibus não é uma tarefa fácil.

Cusco, por exemplo, que está no trajeto, fica a mais de 3.300 metros acima do nível do mar. Isso faz com que o ar se torne rarefeito o que ocasiona sintomas como dor de cabeça, enjoo, dificuldades de respiração e fraqueza física.

Por isso, essa viagem não é feita por apenas um motorista, são mais de duas pessoas que revezam em turnos de quatro horas, de acordo com a empresa de transporte rodoviário, com paradas ao longo do dia.

Além disso, a segurança nas estradas no Peru é outra preocupação, devido às curvas íngremes em relevos acidentados.

Quanto custa? 

No site da empresa de transporte Trans Acreana é possível realizar o trajeto por R$1.000 com valores promocionais (O valor foi pesquisado no site da empresa em maio de 2023).

No final de tudo, ao desembarcar, é possível ver imponentes construções modernas, prédios históricos, praias e vestígios de antigas civilizações que são fascinantes na Amazônia peruana.

Você embarcaria nessa viagem? 

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Portal Amazônia responde: as diferenças entre o Boi Bumbá e o Bumbá Meu Boi

A cultura da Amazônia é rica e cheia de nuances. Inclusive, algumas manifestações culturais podem ser confundidas pelas pessoas. Entre elas estão o 'Boi Bumbá' e o 'Bumbá Meu Boi', que acontecem nos Estados do Amazonas e Maranhão, respectivamente. Apesar dos dois eventos usarem a figura do boi como personagem principal, elas possuem características, apresentações e origens distintas.

Boi Bumbá e Bumbá Meu Boi qual a principal diferenta dessas manifestações culturais. Foto: Amazonastur

A história do Boi Bumbá remete ao início do século XX, ainda que os bois Garantido e Caprichoso, na época, fossem grupos muito menores e menos estruturados, além de não possuírem qualquer registro formal. Antes da existência do Festival Folclórico de Parintins, os bois já alimentavam certa rivalidade entre si.

A primeira edição do festival aconteceu em 1965 e foi criada por um grupo de amigos ligados à Juventude Alegre Católica (JAC). A festa mostra a rivalidade dos bumbás Garantido (vermelho) e o Caprichoso (azul). Cada boi tem sua própria equipe de artistas, cantores, dançarinos e músicos que se apresentam no festival que tem a duração de três dias.

As apresentações são marcadas por uma combinação de danças, músicas, teatro, cores vibrantes, grandes alegorias e pirotecnia, contando histórias e lendas regionais. Os bois competem pela preferência do público e dos jurados, que escolhe o vencedor do festival.

Confira algumas fotos do Festival Folclórico de Parintins:

Bumbá Meu Boi 

O Bumbá Meu Boi é uma manifestação cultural conhecida no Estado do Maranhão e surgiu na região Nordeste no século XVIII. Ele se tornou popular durante as festividades juninas. Nessa tradição, o boi é construído em forma de um grande boneco, revestido com tecidos coloridos e decorado com fitas, espelhos e outros adornos.

O boi é conduzido por um mestre e sua equipe, que dançam ao redor do boneco ao som de tambores, pandeiros e outros instrumentos musicais. A festa é acompanhada de danças, cantigas e representações teatrais que contam a história do boi, que é sacrificado e posteriormente ressuscitado.

Confira algumas fotos do 'Bumbá Meu Boi':

Diferença 

Apesar de usarem o boi como personagem principal, as manifestações culturais possuem uma grande diferença. Enquanto o Boi bumbá é uma competição entre duas agremiações que realizam performances elaboradas com uma grande produção artística. Já o Bumbá Meu Boi é uma celebração popular com foco na música, representações teatrais e dança.

Auto do Boi 

Pai Francisco e Mãe Catirina também são personagens recorrentes das duas manifestações culturais. Ambos eram escravizados e viviam em uma fazenda. Grávida, Catirina sentiu o desejo de comer a língua do boi mais bonito do dono da fazenda. Para satisfazer o desejo de sua mulher, Pai Francisco roubou o boi preferido do dono da fazenda, matou o animal e retirou a língua para que sua esposa pudesse comê-la.

Um vaqueiro ficou sabendo do roubo e da morte do boi e avisou seu patrão. Enfurecido, o dono das terras jurou vingança e partiu em busca do casal. No fim do auto, os personagens conseguem ressuscitar o boi, e, como agradecimento, o dono da fazenda promove uma festa. 

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