Brasil : Entenda como funciona programa de análise de resíduos regulamentado em Rondônia
Enviado por alexandre em 30/06/2023 10:00:00

Segundo o governo, a ação tem como objetivo analisar os alimentos produzidos por produtores de Rondônia.


A lei sobre agrotóxicos, sancionada pelo Governo de Rondônia na última semana, regulamentou o 'Programa de Análise de Resíduo de Agrotóxico' no Estado. Segundo o governo, a ação tem como objetivo analisar os alimentos produzidos por produtores de Rondônia.

O programa é coordenado pela Gerência de Defesa Sanitária (Gidsv), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), por meio do Programa de Fiscalização dos Agrotóxicos (Profag).
Verduras e legumes estão sendo cultivadas desde abril, em Vilhena (RO) Foto: Jonatas Boni/G1

Como funciona?

No Brasil, o programa foi criado em 2001 como um projeto e logo se consolidou como um plano estratégico da Anvisa. As atividades foram criadas para funcionar em abrangência nacional, onde cada estado fica responsável pela coleta das análises.

Em Rondônia, a ação vem sendo desenvolvida desde 2021 e foi regulamentada este ano. Para o governo, o programa garante que alimentos seguros sejam disponibilizados para população, evitando possíveis riscos à saúde.

Os produtos são selecionados juntamente com os produtores para serem analisados e a coleta é realizada na propriedade rural, para evitar que os produtos contaminados com nível acima do permitido sejam comercializados. 

Classificações

As amostras passam por um processo de classificação para diagnosticar a procedência e o nível de ingredientes ativos nos alimentos. Os níveis seguros são estabelecidos por lei e são classificados como:


  • Amostras Satisfatórias - São consideradas satisfatórias amostras analisadas que não apresentam nenhuma detecção irregular em relação a todos os parâmetros e ingredientes ativos pesquisados.
  • Amostras Insatisfatórias - São consideradas insatisfatórias as amostras que apresentarem pelo menos uma detecção irregular nos parâmetros estabelecidos previamente.

Os resultados das análises são avaliados pela Anvisa, responsável pelo mapeamento da distribuição dos resíduos de agrotóxicos nos alimentos, para adotar medidas quando são identificadas irregularidades ou risco à saúde.



Rondônia confirma ausência da monilíase do cacaueiro; entenda como previnir a praga

Porto Velho segue livre da monilíase do cacaueiro, doença de relevante impacto econômico, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que ataca diretamente os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro. A confirmação da ausência da praga foi feita, por meio de uma equipe técnica da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia – Idaron, na Capital, formada por profissionais provenientes de oito municípios do Estado, que realizou inspeções em cerca de 200 propriedades rurais e urbanas de Porto Velho.

Durante quatro dias, de 12 a 16 de junho, a equipe esteve em contato com produtores rurais e demais pessoas que mantém cultivo de cacau ou de cupuaçu em suas propriedades.
A equipe esteve em contato com produtores rurais e pessoas que mantêm cultivo de cacau ou de cupuaçu - Foto: Governo de Rondônia

Fiscalização 

A ação foi realizada em Porto Velho devido à proximidade da região com áreas onde já foram confirmados casos da monilíase. Nas demais regiões do Estado as ações continuam a ser realizadas pelos servidores da Idaron, que já fiscalizaram mais de 800 propriedades. O coordenador do Programa de Vigilância e Controle de Pragas da Idaron, João Paulo Souza Quaresma, destacou que, "o trabalho certifica que Rondônia continua livre de monilíase. Não detectamos nenhum sinal da doença".

O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, enfatizou que, "no ano de 2021, focos da praga foram detectados nos municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no Acre; e em novembro de 2022, nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no Amazonas. Desde então, Rondônia foi classificado em estado de emergência fitossanitária pelo Ministério da Agricultura, por isso redobramos os esforços para evitar a introdução da doença no Estado". 

Medidas preventivas 

Além da inspeção em cacaueiros e cupuaçuzeiros, o trabalho desenvolvido pela Idaron incluiu a orientação aos moradores sobre as medidas de prevenção relacionadas à monilíase. 

"A principal orientação é que os rondonienses evitem trazer frutos, amêndoas e mudas de cacau e cupuaçu dos estados onde foram detectados focos da praga. Em caso de dúvida, o cidadão pode procurar a unidade da Idaron mais próxima. Sintomas suspeitos de monilíase em plantas de cacau e cupuaçu também devem ser comunicados à Agência, presencialmente ou pelo contato 0800 643 4337", explicou Julio Peres.

Monilíase

Os sintomas da monilíase nos frutos são: manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro, que aparecem entre 45 e 90 dias após a infecção e posteriormente; pó branco envolta do fruto, que aparece de 5 a 12 dias. Esse pó se solta dos frutos em grande quantidade. A praga pode ser levada pelo vento, chuva, insetos e animais silvestres, mas somente através do homem pode ser levada a grandes distâncias, por meio de material contaminado, como roupas, utensílios, sementes, frutos, entre outros.

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