Entre os fatores de risco para desenvolver o câncer de próstata estão a idade avançada, excesso de peso, tabagismo e a presença de casos da doença na família. As evidências científicas, porém, apontam que a prevenção ao câncer de próstata também pode estar relacionada à quantidade de vezes que os homens ejaculam.
“Manter uma frequência mínima de ejaculações é fundamental para evitar o desenvolvimento do câncer de próstata“, afirma a médica Jennifer Rider em entrevista ao jornal The Sun publicada nesta quinta-feira (10/8). Epidemiologista da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, ela é a autora principal de um estudo que buscou estabelecer exatamente qual a quantidade básica de rotina sexual para os homens evitarem o desenvolvimento da doença.
“Homens em idade adulta que mantiveram uma maior frequência ejaculatória são menos propensos a ter o câncer”, completa Jennifer. O estudo feito pela epidemiologista acompanhou os hábitos sexuais de 31 mil homens dos Estados Unidos entre 1992 e 2010 para entender os impactos da vida sexual na prevenção aos tumores.
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De acordo com a pesquisa, que teve seus primeiros resultados publicados em 2016, os homens acima de 21 anos relatam ejacular, em média, de quatro a sete vezes por mês. No entanto, quem manteve uma frequência maior de orgasmos, com 21 vezes ao mês, teve 50% menos de chances de ter câncer de próstata. Este número, porém, é maior que o mínimo recomendado pela especialista para a prevenção.
O MÍNIMO PARA AFASTAR O CÂNCER DE PRÓSTATA
A frequência de ejaculação considerada ideal para afastar o risco de desenvolvimento de câncer é de 13 vezes ao mês, segundo a especialista. O problema é que esta periodicidade costuma diminuir com a idade.
Homens que alcançam o orgasmo mais de 13 vezes ao mês são 57% entre os 20 e 29 anos, mas este número cai para 32% entre os de 40 a 49 anos.
Apenas 40% dos homens mantiveram a frequência que tinham no começo da pesquisa, o que revela a diminuição da libido com o passar dos anos. Para os pesquisadores, é preciso manter uma boa quantidade de ejaculações para eliminar as secreções potencialmente cancerígenas que se acumulam nos dutos do aparelho reprodutor.
“Agora estamos trabalhando em estudos de acompanhamento que relacionam a frequência da ejaculação com alterações moleculares específicas na próstata. Queremos investigar melhor os fundamentos biológicos dessa associação entre a quantidade de ejaculações e a incidência do câncer”, completou Jennifer, em entrevista ao site da Universidade de Boston.
Fonte:Metrópoles