Não conseguir ejacular pode ser uma experiência frustrante para os homens. Além de prejudicar o desempenho sexual, não liberar o sêmen pode estar associado a problemas físicos ou desequilíbrios emocionais.
Embora as queixas de não-ejaculação não sejam tão frequentes como as de disfunção erétil ou de ejaculação precoce, os urologistas ouvidos pelo Metrópoles recomendam que os homens estejam atentos à frequência sa situação para avaliar como estão de saúde.
O urologista Danilo Galante, de São Paulo, aponta que a ausência de ejaculação, em geral, está associada a problemas da libido.
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“É comum que os pacientes com problemas desta natureza também não consigam chegar ao orgasmo. É uma situação que a gente chama de anorgasmia e tem um fundo psicológico muito forte. O tratamento inclui até abordagens alternativas como a terapia tântrica, para que esses homens recuperem a sensibilidade”, aponta o médico.
iStockilustração de espermatozoides
Tanto problemas físicos como emocionais podem dificultar a ejaculação
Origens físicas do problema
Exitem também doenças ou malformações físicas que podem levar a dificuldades de ejaculação. De acordo com o urologista Maurício Bruschini Rodrigues Netto, de São Paulo, algumas das principais explicações fisiológicas para a não-ejaculação são:
Malformações do sistema reprodutivo que impedem a ejaculação;
Doenças neurológicas que afetem a sensibilidade peniana;
Cirurgias que alteraram as terminações nervosas no órgão sexual;
Diabetes mal controlado;
Uso de medicamentos antidepressivos como paroxetina, sertralina e clomipramina.
Os tumores que afetam o aparelho reprodutor masculino (pênis, próstata e testículo) também podem provocar mudanças no processo de ejaculação, alterando consistência, frequência ou até tornando o clímax uma experiência dolorosa. No entanto, a ausência de ejaculação não está entre os sintomas mais comuns de câncer.
“Quando os sintomas de dificuldade de ejaculação aparecem, devemos realizar uma avaliação hormonal, além de exames físicos e de imagem do paciente. É importante descobrir a causa e, em geral, o problema não é grave e pode ser tratado”, ressalta Bruschini.
Os médicos alertam que a não-ejaculação também é, muitas vezes, confundida com a ejaculação retrógrada. Quadros assim ocorrem quando o homem chega ao orgasmo, mas não há secreção seminal. Nesses casos, o sêmen costuma ir parar na bexiga e as causas são, na maioria das vezes, de natureza física.
“Essa situação pode acontecer por conta do uso de algumas medicações, especialmente as que combatem o crescimento da próstata, ou em pacientes que fizeram cirurgias de vesícula ou tiveram traumas intensos na região do assoalho pélvico”, explica Galante.
Fonte: O Globo