Regionais : Moraes pede ‘informações urgentes’ sobre bolsonarista preso em 8/1 morto na Papuda
Enviado por alexandre em 20/11/2023 23:48:57


Cleriston Pereira da Cunha. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (20) que a direção do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, forneça informações sobre a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que estava preso na unidade após participar dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em despacho, Moraes solicitou com urgência o envio de “informações detalhadas” sobre a morte de Cunha, incluindo uma cópia do prontuário médico e um relatório dos cuidados prestados ao bolsonarista durante a custódia na Papuda.

O bolsonarista teve um mal súbito durante o banho de sol por volta das 10h, segundo ofícios enviados pela Papuda à juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais. “De imediato foi acionada a equipe de saúde que em instantes ingressou no bloco, dando início aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar”, disse o informe.


Preso por invadir Senado no 8 de janeiro morre na Papuda em Brasília


Carro do IML no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Foto: Reprodução

Um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava preso preventivamente por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, morreu nesta segunda-feira (20) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, sofreu um “mal súbito”, segundo informações da penitenciária. Ele estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP II), uma das unidades da Papuda.

De acordo com ofício da Vara de Execuções Penais (VEP), o bolsonarista teve “um mal súbito durante o banho de sol” na manhã desta segunda. O Corpo de Bombeiros e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram ao local, mas não conseguiram reanimá-lo.

Cunha foi preso dentro do Senado no dia 8 de janeiro. Em abril, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes e tornou-se réu. Não havia previsão para o julgamento definitivo.

Cleriston Pereira da Cunha estava preso na Papuda. Foto: Reprodução

Em setembro, a PGR concordou com um pedido de liberdade apresentado pela defesa, alegando que o fim da fase de instrução, com as audiências das testemunhas e do próprio réu, permitia a soltura.

O advogado Bruno Azevedo de Sousa, que representa o bolsonarista, havia solicitado a conversão da prisão preventiva em domiciliar, argumentando que o cliente tinha “sua saúde debilitada em razão da COVID 19, que lhe deixou sequelas gravíssimas, especificamente quanto ao sistema cardíaco”. O pedido não foi analisado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Registros da penitenciária indicam que Cunha sofria de diabetes e hipertensão e utilizava medicação controlada. Ele recebeu seis atendimentos médicos entre janeiro e maio, além de ter sido encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em maio.

O bolsonarista foi denunciado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Nas alegações finais do processo, a defesa afirmou que Cunha foi à manifestação do dia 8 de janeiro “por acreditar que seria pacífica” e que somente entrou no Senado “para se abrigar”.

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