Justiça : PM prende mãe de aluna que denunciou seu filho por racismo no P
Enviado por alexandre em 22/11/2023 00:22:30


Fachada do Colégio Estadual do Paraná (CEP). Foto: reprodução

A mãe de uma aluna foi presa em Curitiba na segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, após denunciar um episódio de racismo por sua filha no Colégio Estadual do Paraná (CEP). O pai do estudante racista é um sargento da Polícia Militar e deu voz de prisão durante uma reunião entre os tutores e o corpo pedagógico da escola.

Em um vídeo divulgado pela vítima, e obtido pela Tribuna do Paraná, a mãe da vítima é coagida em uma sala. A mulher deseja deixar o local, mas o policial a impede, ameaçando algemá-la. Nas imagens, a mãe chama o policial de Márcio.

O sargento, em determinado momento, se aproxima da mulher, que demonstra desespero. Testemunhas que presenciaram a ação alegam que o policial agiu com abuso de autoridade, e várias pessoas que estavam presentes no local se manifestaram contra a atitude.

O PM deu voz de prisão por desacato e conduziu a mulher à delegacia no bairro Portão, em Curitiba. Servidores do Colégio Estadual compareceram à delegacia para prestar apoio à mãe e fornecer relatos na condição de testemunhas. A mulher foi liberada algumas horas depois, após prestar depoimento.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed/PR), a direção do Colégio Estadual acionou a Patrulha Escolar Comunitária (Bpec), que conduziu os envolvidos para a delegacia. A mãe da estudante registrou boletim de ocorrência por abuso de autoridade, enquanto o sargento registrou por desacato.

A Seed/PR afirmou que está oferecendo apoio às vítimas de racismo e abuso de autoridade, destacando que as ações dos pais estão além do escopo da escola. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

O Colégio Estadual do Paraná ressaltou em uma publicação nas redes sociais que realizou atendimentos individuais e coletivos, com registros de orientações pedagógicas a todos os envolvidos no caso de racismo, que, segundo o colégio, envolveu cinco alunos.

“Destacamos que, em relação ao ocorrido, não recai sobre a escola, responsabilidade sobre a ação dos pais, estando a instituição comprometida com as questões pedagógicas, frente à resolução do caso de racismo envolvendo os estudantes. Inclusive, a escola fez atendimentos individuais e coletivos, todos com registros de orientações pedagógicas a todos os envolvidos”, diz o colégio.

Até o momento desta reportagem, a PM não se manifestou sobre o ocorrido. O advogado da mulher envolvida também não respondeu aos pedidos de contato. O caso continua gerando repercussão e levanta debates sobre racismo e abuso de autoridade nas instituições educacionais.

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