O último vídeo no canal de Samara foi postado em 20 de novembro, três dias antes de sua prisão. Nas redes sociais, ela compartilha momentos em sala de aula, junto à família e ao filho de dois anos.
Seu pai, Simario Araújo, de 48 anos, expressou surpresa com a notícia da prisão, enfatizando a doçura e dedicação da filha, graduanda em matemática. “Fui surpreendido com uma ligação inesperada da minha ex-mulher avisando que a minha filha tinha sido presa dentro da escolinha em que dava aula. Ela não cometeu crime algum”.
Simario, que estava à espera da filha desde a prisão em 23 de novembro, passou noites em frente ao Instituto Penal Oscar Stevenson.
A libertação de Samara ocorreu na manhã de 1º de dezembro após a comprovação do erro judicial, identificado na ausência da data de nascimento correta na acusação da Paraíba. O alvará de soltura foi assinado pelo juiz substituto Rosio Lima de Melo, da 6ª Vara Mista de Sousa.
Professora presa por engano reencontra filho de 2 anos e familiares
Ao chegar em casa, em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, ela abraçou seus familiares, incluindo o filho, de apenas dois anos. O menino é muito apegado a Samara e, segundo pessoas próximas, sofreu muito no período em que ela esteve presa.
Ela não deu entrevista após a soltura e, segundo o pai, Simário Araújo (48), a filha está “muito abalada”. “Não está nem conseguindo falar comigo, está muito abatida”, afirmou ao jornal O Globo. Ele ainda apontou que Samara foi vítima de um crime e criticou a Justiça pelo erro.
“Ela é uma inocente que foi julgada e culpada por um crime que alguém roubou os documentos dela, cometeu um crime quando ela ainda era criança, e a Justiça fez um procedimento totalmente errado, então, certamente a gente vai expor isso, mas no momento certo”, prosseguiu.