Coluna Mulher : Influenciadoras puxam revolução na moda evangélica nas redes sociais
Enviado por alexandre em 08/12/2023 14:48:54

O conceito de moda evangélica está ligado à visão de igrejas de matriz cristã, protestantes e pentecostais sobre relações de gênero.

O debate na internet é acalorado: mulher cristã pode ou não pode usar cropped? Se para uns dá para usar a peça de maneira comportada, para outros é roupa demoníaca. Enquanto o consenso não cai do céu, vídeos que mostram o #lookdoculto somam 125 milhões de visualizações no TikTok e outro 1 milhão de publicações no Instagram.

 

Neles, mulheres evangélicas ligam a câmera e comentam suas escolhas, do creme de cabelo ao sapato, para ir à igreja. Tipo de conteúdo que também faz sucesso entre jovens que mostram a preparação para um show no Lollapalooza. A diferença está na música de fundo  um louvor versus o hit pop do momento e nas vestes apresentadas.


A moda evangélica tem como fundamento não expor em demasia o corpo feminino. E ela passou por uma revolução nos últimos dez anos, em parte puxada por figuras que fazem sucesso nas redes sociais. "Não é mais verdade que só usar saia jeans bordada é coisa de crente", afirma Renata Castanheira, 45, dona do perfil @crentechic e membro da Congregação Cristã no Brasil.

 

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"Era tudo limitado, pois tínhamos que colocar tecido para a saia ficar comprida, adaptar decote, aumentar manga da blusinha", diz Castanheira, que em 2012 criou um blog para levar informação de moda dentro da doutrina. "Hoje temos estilistas tão boas quanto as da moda secular."
Em parceria com lojas do segmento, a influenciadora apresenta diariamente aos seus 700 mil seguidores  400 mil no Instagram e 300 mil no YouTube coleções de marcas, dicas de moda e cupons de desconto. "Foi bem aceito. Não faço pregação e as lojas têm retorno", afirma ela, que trabalhava com telefonia antes de fazer fama na internet.

 

"Não negocio minha doutrina, recebo pedido de ‘publi’ de calça e bermuda e não faço", diz ela, em referência à igreja pentecostal, que orienta mulheres a evitarem essas peças e darem preferência a vestidos, saias, blusas com mangas compridas, cabelos longos, poucos acessórios ou joias.
O conceito de moda evangélica está ligado à visão de igrejas de matriz cristã, protestantes e pentecostais sobre relações de gênero. Há usos e costumes para diferenciar a aparência feminina da masculina.

 

mulher branca de 40 anos posa para foto com roupas que representam a moda evangélica, que são vestidos acima do joelho e blusa com mangas

Renata Castanheira é dona do perfil Crente Chic,

que compartilha dicas de moda evangélica

(foto: Divulgação)

 

"Como se trata de um universo diversificado de igrejas, as mais tradicionais impedem as mulheres de usarem calças compridas, peça do vestuário que consideram representativa da masculinidade", afirma Maria Eduarda Guimarães, docente do curso de design de moda do Centro Universitário Senac.

 

"As igrejas que se voltaram a um público mais jovem não impõem essa restrição e seus fiéis podem usar calças compridas." A docente explica que as influenciadoras digitais passaram a discutir e apresentar demandas sobre moda, impulsionando o surgimento de marcas específicas para esse mercado.

 

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"Essas marcas passaram a incluir tendências na produção destinada a evangélicos, desde que não entrem em conflito com o aspecto da modéstia em relação à exibição do corpo." 

 

Fonte: Moda Feminina

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