Três indivíduos foram presos na região da Terra Indígena Apyterewa, na invasão conhecida como Vila Renascer, na zona rural de São Félix do Xingu, sudeste do Pará.

As prisões foram uma resposta a uma emboscada contra agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), em que um servidor foi baleado na última segunda (4).

A ação faz parte da Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Justiça Federal de Redenção (PA). Os detidos serão conduzidos para Marabá, no sudeste do Pará.

Inicialmente, nove mandados de prisão seriam cumpridos, mas seis dos investigados estão foragidos. Os três indivíduos presos estão envolvidos em vários crimes, incluindo invasão e exploração econômica da Terra Indígena Apyterewa, associação criminosa, incitação a crimes relacionados à invasão, desobediência às ordens de desintrusão, coação no curso do processo, roubo de gado e abate ilegal.

A ação envolveu grupos táticos especiais da Polícia Federal, como o Comando de Operações Táticas (COT) e o Grupo de Pronta Intervenção (GPI), além da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, que garantiu a segurança da base e dos servidores federais.

Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal de Marabá para formalização do ato e encaminhados ao Presídio de Redenção, onde ficarão à disposição da Justiça. A operação é parte do Plano de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, homologado pelo STF em setembro de 2023.

O governo federal, com apoio da Funai e de outros órgãos, cumpre decisão judicial para garantir aos povos indígenas o direito de usufruir do território de forma plena e integral. A operação busca retirar não indígenas que ocupam ilegalmente partes das terras Apyterewa (homologada em 2007) e Trincheira Bacajá (homologada em 1996) nos municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapu e Senador José Porfírio, no Pará.