O ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal Federal, se declarou impedido para julgar a ação movida pelo PSD para que a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF fosse revertida. O caso foi redistribuído para o ministro André Mendonça.
O PSD alegou em seu pedido ao STF que o Ministério Público do Rio de Janeiro tinha legitimidade para assinar o Termo de Ajustamento de Conduta com a CBF. Esse acordo foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que entendeu o contrário. A celebração do TAC levou a CBF a realizar a eleição que escolheu Ednaldo Rodrigues presidente, em 2022.
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Mas por que Fux se declarou impedido?
O filho do ministro, Rodrigo, foi um dos advogados que atuou no processo que celebrou o TAC com o MP Fluminense. E um dos processos que ele atua está arrolado ao recurso no STF. “Considerando os advogados subscritores da petição recursal (doc. 9), verifico a incidência de causa impeditiva de minha atuação”, escreveu o ministro em seu despacho.
OPOSIÇÃO JÁ SE MOVIMENTA
Este processo, segundo publicou o colunista Lauro Jardim, foi movido por influência do senador Otto Alencar. Ele, baiano como Ednaldo, pressionou a AGU, junto com Jacques Wagner, também senador pela Bahia, a entrar nessa briga em favor de Ednaldo Rodrigues.
Quem se opõe a Ednaldo e concorda com sua destituição achou, no mínimo, curioso essa ação ter sido proposta por um partido político. Isso porque, uma das teses levantadas pela diretoria afastada é de que houve interferência externa e política na confederação. E pretende explorar o que consideração ser uma contradição.
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Uma das estratégias usadas por Ednaldo é deixar claro que esse tipo de interferência pode fazer com que a CBF seja suspensa pela Fifa. O estatuto da entidade não permite esse tipo de ingerência nos assuntos internos de seus filiados.
Fonte: O Globo