Diante do agravamento da crise de violência no Equador, o Brasil se colocou à disposição para prestar assistência. O diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, entrou em contato com o diretor da Polícia do Equador, Cesar Zapata, e demais diretores da Ameripol, colocando a PF à disposição e oferecendo apoio.
O contato envolveu também os adidos da PF na Colômbia e no Peru, com o objetivo de acompanhar a situação e fornecer informações pertinentes. A PF está atenta às trocas de dados via Ameripol e Interpol. Desde outubro do ano passado, a PF acolheu um policial equatoriano no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) no Rio de Janeiro, visando uma comunicação direta para monitoramento da situação.
A crise no Equador foi desencadeada pela fuga do líder da gangue criminosa mais poderosa do país, Adolfo Macías, conhecido como “Fito” e líder da gangue Los Choneros. Sua fuga resultou em medidas severas do governo equatoriano, desencadeando uma escalada de crimes por parte das facções criminosas em resposta.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou “conflito armado interno” no país, autorizando o uso do Exército e da Polícia Nacional contra as facções criminosas, que passam a ser identificadas como “organizações terroristas”. Em um episódio que chamou a atenção no mundo inteiro, na terça-feira (9), criminosos armados invadiram os estúdios da TC Televisión, na cidade de Guayaquil, durante um programa ao vivo, transmitindo cenas de violência em tempo real.