Caso ocorreu dentro de viatura no Recanto das Emas
Um homicídio seguido de suicídio entre agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) surpreendeu a corporação na manhã deste domingo (14). Na ocasião, um sargento matou a tiros um colega de trabalho dentro da viatura em que estavam. Em seguida, ele disparou contra si mesmo e morreu.
Segundo informações da coluna Na Mira, do Metrópoles, o caso ocorreu no Recanto das Emas. O autor do crime foi apontado como Paulo Pereira de Souza, e a vítima como o soldado Yago Monteiro Fidelis.
Inicialmente, Yago não chegou a ir a óbito, e se encontrava em estado gravíssimo no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Contudo, durante a tarde deste domingo, ele não resistiu e morreu.
Havia ainda uma terceira pessoa dentro da viatura. Trata-se do motorista e segundo sargento Diogo Carneiro dos Santos. Ele conseguiu deixar o carro logo após presenciar Yago sendo baleado e se salvou.
O caso está sendo apurado pela 27ª DP da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
Em nota, a PMDF informou que a saúde mental dos policiais tem sido prioridade para a corporação. Ressaltou ainda o compromisso com a saúde mental dos integrantes da instituição e com o bem-estar de todos.
PM: Soldado morto por sargento comprou imóvel e ia se casar
Segundo-sargento que testemunhou o crime deu mais detalhes sobre o ocorrido
Morto neste domingo (14) baleado por um colega de trabalho, o soldado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Yago Monteiro Fidelis deixou para trás o sonho de se casar. O homem estava noivo e havia acabado de comprar um apartamento. As informações são da coluna Na Mira, do Metrópoles.
O crime ocorreu dentro de uma viatura da PM, no Recanto das Emas, quando o segundo-sargento Paulo Pereira de Souza – que estava no banco de trás – atirou contra a cabeça de Yago, que se encontrava ao lado do motorista. Logo depois Paulo disparou contra si, tirando a própria vida.
Condutor do veículo, o segundo-sargento Diogo Carneiro dos Santos escapou ileso e relatou o que aconteceu por meio de áudio.
– A gente passou a manhã toda, eu com o Yago, a gente conversando. Ele falando que comprou um apartamento, a gente olhando. Ele disse que ia casar. E o outro policial [Paulo Pereira] atrás ouvindo tudo que a gente tava conversando, mas depois aconteceu uma coisa dessa – declarou.
Ainda na gravação, Diogo expressou pesar pelo ocorrido e relatou que todo o batalhão está triste.
– É muito triste, entendeu? Se o cara tem um problema emocional ou psiquiátrico, tem que procurar os meios necessários. É difícil, eu não tenho o que falar, fico muito triste. (…) Todo mundo que trabalhou com ele, inclusive o delegado que conhecia ele, ficou triste – lamentou.
Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou que ações em prol da saúde mental dos agentes têm sido prioridade sob a gestão atual – iniciada no último dia 9 – e destacou ter “compromisso contínuo com o bem-estar” psicológico dos militares.
– O assunto será tratado de forma transversal, abrangendo todos os departamentos, para alcançar o objetivo da segurança em relação a saúde policial militar, bem como perpetuar e otimizar a segurança da sociedade de todo o Distrito Federal. (…) Acreditamos que apoiar a saúde mental de nossos policiais é fundamental para manter uma força de trabalho resiliente, eficaz e compassiva – assinalou a corporação.