Brasil : Se 2023 quebrou recordes, como serão as temperaturas em 2024?
Enviado por alexandre em 16/01/2024 11:54:38

2023 terminou e, se tratando das temperaturas globais, uma das suas piores projeções foi confirmada: o ano foi considerado o mais quente já registrado na história, com 1,48 °C acima da média da era pré-industrial. Com isso, o ano de 2016, que detinha esse posto, foi superado em 0,17 °C.

 

A informação foi divulgada pelo observatório europeu Copernicus, e apesar de não ter despertado surpresa em quem já acompanha notícias sobre o tema, continua gerando bastante preocupação.

 

Veja também

 

Por que nós temos impressões digitais?

 

Conheça a tradição na estônia de esquiar 20 montanhas em um dia

 

2023: O ANO EM QUE OS RECORDES DE TEMPERATURA FORAM SUPERADOS

 

(Fonte: Getty Images)

 

O El Niño começou a atuar em março do ano passado, com a formação costeira na porção oeste da América do Sul gerando chuvas torrenciais — que até deixaram vítimas fatais. Em seguida, ao ter a sua área de atuação expandida para o resto do continente e do mundo, outros efeitos foram percebidos, principalmente no segundo semestre.

 

No Brasil, o El Niño provocou a redução acentuada das chuvas na região norte, enquanto o sul do país vivenciou uma maior recorrência de tempestades e ciclones, eventos bastante preocupantes, já que deixaram um rastro de destruição e de perdas humanas.

 

Além disso, 2023 foi o ano em que as ondas de calor fizeram com que, em determinados períodos, as temperaturas máximas de diversas localidades ultrapassassem os 40 °C. No dia 17 de novembro, antes mesmo do início do verão, a cidade do Rio de Janeiro apresentou sensação térmica de 60 °C.

 

EFEITOS DA ELEVAÇÃO DAS TEMPERATURAS

 

Mapa mostra as anomalias de temperaturas observadas em comparação com anos anteriores. (Fonte: Copernicus/Reprodução)

 

Na região amazônica, em meio à estiagem, a fumaça das queimadas que destroem a floresta reduziu consideravelmente a qualidade do ar e tornou a situação bastante crítica. Ou seja, na prática, a recorrência de eventos tão extremos e seus potenciais desdobramentos tornam bastante difícil para a população realizar o mais simples dos deslocamentos em meio à rotina.

 

Mas no final das contas, apontar um único motivo para que 2023 tenha sido o ano mais quente da história não é o correto, como destaca o relatório do serviço de clima europeu.

 

Isso porque, apesar da atuação do El Niño ter contribuído para parte dos efeitos observados, a emissão de gases poluentes, que se eleva continuamente desde a era pré-industrial, ainda apresenta a grande parcela de responsabilidade.

 

QUAIS SÃO AS PREVISÕES PARA O CLIMA DURANTE 2024?

 

(Fonte: Getty Images)

Fotos:Reprodução

 

Em pleno verão, ainda nos encontramos no maior período de abrangência do El Niño, mas os dias mais críticos ainda estão por vir. Além disso, não há consenso quanto a uma possível volta da La Niña este ano.

 

O entendimento geral é que eventos extremos deverão se tornar cada vez mais comuns nos próximos anos e que o calor siga aumentando em 2024, sobretudo durante a atuação do El Niño. A grande preocupação é que o ano supere o recorde observado em 2023.

 

O relatório destaca ainda, ao ter em vista como os recordes de temperatura começaram a ser quebrados no último ano: "é provável que um período de 12 meses, terminado em janeiro ou fevereiro de 2024, exceda em 1,5 °C acima do nível pré-industrial."

 

 

Por outro lado, é considerada ainda uma probabilidade de 60% que, a partir do outono deste ano, o planeta entre em um período de transição para a neutralidade com a redução da atuação do El Niño, segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, (NOAA). 

 

Fonte:MegaCurioso

LEIA MAIS

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia