Política : Prefeito que “proibiu” Carnaval teve sogra cheirando cocaína na nádega de mulher
Enviado por alexandre em 17/01/2024 13:00:00


Soraya Brito cheira cocaína na bunda de uma mulher. (Foto: Reprodução)

O prefeito de Campina Grande (PB), Bruno Cunha Lima (União Brasil), que proibiu a realização do Carnaval  nas ruas da cidade, já teve vídeos de sua sogra cheirando cocaína nas nádegas de uma mulher vazados nas redes.

O caso ocorreu em março de 2022. O material mostra a sogra de Bruno Lima beijando uma parceira na boca e, em seguida, cheirando cocaína em cima de seu bumbum.

Juliana Cunha Lima, esposa de Bruno Lima, na época, também se manifestou nas redes, e disse que deixou de morar com a mãe ainda na adolescência.

“É triste ver um familiar, sua mãe, mesmo que você não tenha convivência e tenha deixado de morar com ela desde os 16 anos, numa situação autodestrutiva. A vida por si só se encarrega de trazer as consequências e não precisamos de juízes externos. Não preciso falar sobre o que vivi ao lado das minhas irmãs, mas o fato de não conviver com sua própria mãe já diz muita coisa, e isso, por si só, já dói muito”, afirmou.

“Precisei amadurecer cedo, precisei entender que por mais que pessoas falhem conosco (e nós com elas), Deus jamais falha e jamais nos abandona. Aprendi cedo que no mundo vivemos aflições mas que Deus está ao nosso lado em cada uma. Tenho um pai maravilhoso e amoroso, tive uma avó excepcional que fizeram de mim o que sou, que foram essenciais na formação do meu caráter e da minha educação”.

“Proibição” de comemorações de carnaval em Campina Grande

Agora, em 2024, a recente decisão do prefeito em proibir as atividades carnavalescas na cidade, durante o período de 8 a 13 de fevereiro, tem chamado a atenção.

Bruno teria decidido reservar os diversos espaços públicos da cidade e suas imediações (áreas centrais e bairros) para o evento “Carnaval da Paz”, que reúne encontros religiosos e acontece anualmente. Assim, permitindo apenas a realização dos demais festejos em espaços privados.

O defensor público que atua em Campina Grande, Marcel Joffily, afirma que a proibição é inconstitucional: “O Estado é laico, não podendo, sob uma pretensa organização de espaços, privilegiar grupos religiosos em prejuízo de outros”.

O Carnaval da Paz

O Carnaval da Paz inclui alguns eventos religiosos como Consciência Cristã, Crescer, Miep, E-Alem e A Palavra Revelada. O Consciência Cristã, evento gratuito que acontece no Parque do Povo em CG, confirmou a presença, em sua programação, do pastor americano Douglas Wilson, um teólogo conservador e defensor da escravidão nos EUA. O Consciência Cristã é organizado pela Visão Nacional Cristã, apoiada por igrejas protestantes.

VEJA O VÍDEO:https://www.diariodocentrodomundo.com.br/prefeito-que-proibiu-carnaval-teve-sogra-cheirando-cocaina-na-nadega-de-mulher/


Carnaval ‘proibido’ em Campina Grande (PB): prefeito reserva espaços públicos para uso exclusivo de evento religioso


Bruno Cunha Lima. (Foto: Reprodução)

O prefeito de Campina Grande (PB), Bruno Cunha Lima (União Brasil), proibiu a realização de festejos carnavalescos nas ruas da cidade durante o período de 8 a 13 de fevereiro, reservando diversos espaços públicos e suas imediações (áreas centrais e bairros) para o evento ‘Carnaval da Paz’, que reúne encontros religiosos e acontece anualmente. Assim, permitindo apenas a realização dos demais festejos em espaços privados.

De acordo com Marcel Joffily, defensor público que atua em Campina Grande, a proibição é inconstitucional, independente do decreto seguir Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público da Paraíba, em 11 de janeiro de 2024. “O Estado é laico, não podendo, sob uma pretensa organização de espaços, privilegiar grupos religiosos em prejuízo de outros”, enfatiza Marcel.

O Carnaval da Paz inclui alguns eventos religiosos como Consciência Cristã, Crescer, Miep, E-Alem e A Palavra Revelada. O Consciência Cristã, evento gratuito que acontece no Parque do Povo em CG, confirmou a presença, em sua programação, do pastor americano Douglas Wilson, um teólogo conservador e defensor da escravidão nos EUA. O Consciência Cristã é organizado pela Visão Nacional Cristã, apoiada por igrejas protestantes.

“O Encontro para a Consciência Cristã surge com um único objetivo (não declarado, mas único): fazer frente ao Encontro da Nova Consciência que acontecia em Campina Grande e era o maior evento inter-religioso do Brasil, aberto, amplo, diverso”, declara o Pastor Zé Barbosa Junior, da Comunidade de Jesus, em Campina Grande (CG).

O pastor também frisa que a presença de Douglas Wilson no Consciência Cristã “além de defender a escravidão como algo ‘bom’, também carrega várias acusações de acobertamento de abusos sexuais e pedofilia em seus ministérios. O recrudescimento da extrema direita no mundo (aqui no Brasil com o bolsonarismo apoiado por muitos cristãos) tem um forte elemento religioso de poder sobre corpos, raças e sistemas”.

Ariosvalber Oliveira, do movimento negro de CG salienta que “a escravidão, assim como a tortura, deve ser varrida da história da humanidade. Campina Grande também está nesse cenário internacional e de toda maneira isso só demonstra que a luta contra o racismo tem que ser permanente, porque está presente no plano econômico e nos usos das interpretações da Bíblia, dos livros sagrados”.

O Brasil de Fato PB entrou em contato com a assessoria da prefeitura de Campina Grande, mas até o fechamento da matéria, não tivemos retorno.

Cultura prejudicada

Um dos festejos que será afetado é o Bloco Jacaré do Açude Velho, que ocorre há 10 anos em Campina Grande, na terça-feira de carnaval. “O ano passado fomos convidados para uma reunião no Ministério Público e, junto a todas autoridades, decidimos que o bloco não sairia, ficando acordado que este ano o bloco teria todo o apoio da prefeitura, dos órgãos e da segurança. A partir desse decreto isso não aconteceu”, conta Fredi Gomes Guimarães, um dos fundadores do bloco.

Além dos blocos tradicionais, Campina Grande também tem outras expressões culturais na sua história: escolas de samba, bois de carnaval, ala ursas, papangus – uso de máscaras e fantasia – e maracatus. “A gente vê com bastante preocupação essa situação. CG tem um carnaval que é consolidado na cidade, exatamente pela resistência [dos blocos de carnavais, dos bois de carnaval]”, comenta a vereadora de CG Jô Oliveira (PCdoB).

Bumba Meu Boi Tornado, de Campina Grande, fundado em 2005. / Foto: @touro_tornado__

Nessa segunda-feira (15), o Fórum Pró Campina divulgou uma nota em que atenta para o diálogo, uma vez que a democracia tem que ser plural.  A nota afirma que “os Eventos Religiosos são de grande importância para Campina Grande, e merecem apoio porque acolhem muitas pessoas de outros cantos do país e do mundo para um momento de espiritualidade, renovação e encontro. Mas é preciso compreender Campina Grande como uma cidade plural e diversa, não apenas a cidade do Maior São João do Mundo, mas também de uma alegria constante, sobretudo no período de carnaval. Faz tempo que os agentes culturais não são ouvidos, que as manifestações culturais são perseguidas, que a diversidade cultural é boicotada”.

Nesta terça-feira (16), aconteceu uma manifestação dos blocos e entidades de carnaval, na Praça da Bandeira, em Campina Grande. Saiba a lista completa dos lugares que foram destinados exclusivamente para o Carnaval da Pazou seja, que estão proibidos outros festejos de carnaval:

I – Açude Velho;
II – Parque da Criança;
III – Parque do Povo;
IV – Bairro do Catolé;
V – Bairro do Centro da Cidade;
VI – Bairro do Santo Antônio;
VII – Bairro do Jardim Tavares;
VIII – Bairro do São José;
IX – Bairro da Palmeira;
X – Bairro da Liberdade;
XI – Bairro do Alto Branco; e
XII – Bairro da Estação Velha.

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