O ronco não prejudica só os parceiros do dorminhoco. Roncar é um alerta de que algo não está bem na saúde e, mesmo em níveis sutis, não deve ser um sintoma desconsiderado.
O especialista em sono Colin Sullivan deu uma entrevista ao site australiano Salon sobre os riscos de roncar. Sullivan é um dos inventores da máquina de CPAP, uma máscara que facilita a respiração pelo nariz, diminuindo os riscos causados pela apneia.
A apneia é o nível mais grave de ronco, quando o indivíduo passa por frequentes interrupções da respiração por mais de 10 segundos. O problema costuma aparecer dez anos depois do início dos roncos. “Qualquer pessoa que ronca, mais ou menos, irá sofrer de apneia”, explica Sullivan.
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O especialista acrescenta que pessoas com apneia correm maior risco de apresentarem hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, Alzheimer, acidentes vasculares cerebrais, além de problemas de saúde mental.
O QUE É O RONCO?
O ronco ocorre quando há bloqueios das vias respiratórias durante o sono. Em um nível profundo de sono, os músculos do céu da boca, da língua e da garganta relaxam. Em pessoas que roncam, esses músculos relaxam demais, impedindo a respiração correta e levando à obstrução das vias.
Em alguns casos, a própria estrutura do corpo ou a posição em que se dorme favorecem a obstrução das vias respiratórias. “Muitas vezes pacientes têm hipertrofia de amígdalas ou de adenoides, que podem levar a problemas como o ronco, por isso é sempre importante se consultar para investigar possíveis causas”, explica o otorrinolaringologista André Freire Kobayashi, da Clínica Dolci, em São Paulo.
TRATAMENTOS
Quando a origem do ronco é um problema nas vias respiratórias, as cirurgias corretivas podem resolver. Na maioria dos quadros, porém, apenas a adoção de hábitos saudáveis melhora a apneia, pois ela costuma estar associada ao sobrepeso e ao excesso de gordura abdominal.
Em quadros moderados ou acentuados de apneia, o tratamento pode passar pelo uso de máquinas de CPAP (gerador de pressão positiva contínua na via aérea, em inglês), que facilitam a respiração pelo nariz.
Fonte: Metrópoles