O ano era 2015 quando a pesquisadora do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Canan Dagdeviren, recebeu a notícia devastadora de que sua tia estava enfrentando uma forma agressiva de câncer de mama.
Impulsionada pela necessidade de encontrar soluções inovadoras, Dagdeviren concebeu a ideia de um dispositivo com ultrassom portátil que poderia revolucionar o rastreio do câncer.
Quase sete anos depois, o que era apenas uma ideia se transformou em uma realidade palpável: um adesivo de ultrassom flexível e vestível, que pode ser colocado no bojo do sutiã e que tem o potencial de detectar cânceres mais cedo do que o normal.
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Ao contrário das mamografias tradicionais, limitadas pela frequência de radiação e pela compressão desconfortável dos seios, o adesivo de ultrassom de Dagdeviren e sua equipe se adapta ao formato do peito, proporcionando uma análise contínua e em tempo real do tecido mamário. Nesse cenário, seria possível acompanhar as informações emitidas pelo aparelho logo cedo, enquanto se toma café, por exemplo.
A miniaturização da tecnologia de ultrassom foi essencial para tornar isso possível, incorporando um material piezoelétrico revolucionário que faz com que a detecção seja capaz.O impacto potencial dessa inovação é imenso. Com um dispositivo como esse, as mulheres poderiam ter 730
pontos de dados por ano em vez de um ponto a cada dois anos, aumentando significativamente as chances de detectar nódulos malignos precocemente.
A pesquisa de Dagdeviren, publicada na revista Science Advances, demonstrou a grande capacidade do adesivo de ultrassom ao detectar cistos de apenas 0,3 centímetros de diâmetro nos seios de uma mulher de 71 anos. Outros estudos tentarão ampliar o projeto.
OUTRAS POSSIBILIDADES
Fotos:Reprodução
Você possivelmente pode estar se perguntando se esse método poderia ser usado para detecção de anomalias em outras partes do corpo. A resposta de Dagdeviren é sim. De acordo com a cientista, a tecnologia tem capacidade de ir além da detecção do câncer de mama, tendo alcance em todo nosso corpo.
A própria pesquisadora já teve a curiosidade de testar o dispositivo em sua barriga durante a gravidez, para ver o bebê se movendo, mostrando que o aparelho pode ter grande abrangência no seu uso no futuro.
Além disso, Dagdeviren quer dar asas ao seu projeto, tanto que já planeja abrir sua própria empresa e, após conseguir a aprovação do FDA (Food and Drug Administration), implementar a tecnologia nos sistemas de saúde, principalmente para ajudar mulheres que têm alto risco de desenvolver o câncer de mama.
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Outro objetivo da cientista é alcançar populações desfavorecidas, incluindo mulheres negras e pardas. Muitos países não têm condições de oferecer esse serviço de forma abrangente e gratuita, o que eleva os casos de câncer de mama e as mortes. Por isso, medidas como essa são fundamentais para a promoção da saúde da mulher.
Fonte:MegaCurioso