Regionais : Empresário confessa em ÁUDIO que matou mulher trans em MT: “Finquei a faca”
Enviado por alexandre em 19/01/2024 14:54:39


Jorlan Cristiano Ferreira e Mayla Rafaela Martins. (Foto: Reprodução)

A Justiça de Mato Grosso decidiu converter a prisão em flagrante de Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, em preventiva, após o feminicídio contra Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, em Lucas do Rio Verde, no norte do estado. Em um áudio gravado no momento da prisão, o suspeito detalha a dinâmica do crime à polícia.

Na gravação, Jorlan relata com frieza como desfechou o assassinato: “Joguei todas as coisinhas dele no rio, a faquinha de serra, a maquininha de cartão… Parei em cima da ponte e joguei tudo no rio. Antes, ele tentou pular em cima de mim, mas eu peguei ele e dei um mata leão nele, não sei por quanto tempo, peguei e finquei a faca.”

O empresário alegou em audiência de custódia que matou Mayla após a vítima tentar roubar dinheiro dele. Contudo, a polícia não acredita na versão apresentada pelo investigado. O delegado responsável pelo caso, João Antônio Batista Ribeiro Torres, afirmou que Jorlan confessou ter contratado serviços sexuais com Mayla e a levou para sua casa, onde o assassinato ocorreu.

Mayla Rafaela Martins foi encontrada morta em uma fazenda às margens da MT-485, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. O corpo foi localizado por funcionários da fazenda que estavam trabalhando na propriedade rural.

OUÇA:https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/empresario-confessa-em-audio-que-matou-mulher-trans-em-mt-finquei-a-faca/


Amiga diz que jovem trans recebia ameaças e empresário era "obcecado"

Uma amiga da jovem transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, relatou nas redes sociais que a vítima já estaria sendo ameaçada pelo suspeito antes de ser morta a facadas. Ela afirma que o empresário Jorlan Cristiano era "obcecado" por Mayla. O crime aconteceu em Lucas do Rio Verde (a 334 km de Cuiabá) na segunda-feira (15). O corpo da vítima foi encontrado enrolado em uma lona de piscina de plástico jogada dentro de uma fazenda de lavoura.

A amiga de Mayla, Rebeca Lopes, afirmou que a jovem era acompanhante, mas começou a se envolver mais sério com Jorlan. "Obcecado por ela, ele não queria deixar ela vir para Várzea Grande, onde ela morava. Ele já vinha fazendo ameaças pra ela, as irmãs dela têm as conversas", relata.
Mayla estava em Lucas do Rio Verde, mas morava em Várzea Grande, onde a família também reside. Conforme relata a amiga, Mayla sentiu que alguma coisa estava errada ontem, pois ao entrar no carro do empresário, ela mandou uma foto do veículo para uma amiga do trabalho, que foi quem ajudou a encontrá-la.

"Ela era uma boa menina, amiga de todos, não merecia que fizessem isso com ela. Agora vamos contar com a Justiça", desabafa.

A esposa de Jorlan emitiu uma nota afirmando que estava em Curitiba (PR) há um mês e que não sabia do que estava acontencendo. Ela se solidarizou com a família e disse que estava tentando voltar para a cidade.

O caso

Quem acionou a Polícia foram funcionários do local que estavam passando a máquina de plantio na área, quando avistaram o corpo. Mayla tinha sido vista pela última vez na noite anterior.

A perícia constatou que a vítima foi atingida por golpes de faca. Durante a investigação, a equipe da delegacia apurou que um veículo Volkswagen de cor preta teria abordado a vítima em um posto de combustível na cidade. Depois, o veículo foi visto seguindo em direção ao local onde o corpo foi encontrado. No final da tarde de terça-feira, o veículo foi localizado em um lava a jato e o dono, o empresário Jorlan Furlan, encontrado em sua residência.

Ao ser questionado sobre o crime, ele confessou aos policiais o assassinato. Jorlan foi autuado em flagrante e o procedimento policial encaminhado ao Poder Judiciário, com o pedido de prisão preventiva.

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