Inédito nos EUA, método é considerado "tortura" por peritos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

O estado do Alabama (EUA) marcou para a próxima quinta-feira (25) a execução de um homem por meio de um método nunca antes utilizado em condenações à morte no país. O detento Kenneth Smith, de 58 anos, será submetido à asfixia por gás nitrogênio, após sobreviver à injeção letal.

De acordo com informações do portal G1, Smith foi condenado à pena capital em decorrência do assassinato de uma mulher, em março de 1998. O crime havia sido encomendado pelo marido da vítima, que se suicidou depois do homicídio.

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A defesa de Smith tenta evitar o método de execução dizendo que seu cliente se tornará “cobaia” de um experimento. Os advogados afirmam que a máscara que será utilizada para a asfixia não é completamente fechada, o que facilitaria a entrada de oxigênio e prolongaria seu sofrimento.

A morte por hipóxia de nitrogênio consiste em expor o condenado a inalar o gás puro, o que, segundo o estado, faria que o homem perdesse sua consciência em segundos e fosse a óbito em minutos devido à falta de oxigênio.

O Alabama planeja prender o detento na maca da câmara de execução. Em seguida, será lido o mandado de morte do prisioneiro e lhe será dada a chance de dizer suas últimas palavras. Após esse momento, a máscara liberará o gás nitrogênio e permanecerá ativa por ao menos 15 minutos depois que os sinais vitais de Smith cessarem.

O método é controverso e já recebeu críticas de peritos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Na avaliação deles, a hipóxia de nitrogênio infringe a norma contra tortura e penas cruéis. Já o médico chamado pela defesa de Smith a testemunhar disse que o método lhe causaria náuseas e o faria sufocar no próprio vômito.