Regionais : O brasileiro maior traficante de armas na América Latina é preso na Argentina
Enviado por alexandre em 03/02/2024 19:42:20


Maior contrabandista de armas da América Latina, Diego Dirísio é preso na Argentina. Foto: Reprodução

Na última sexta-feira (2), Diego Hernan Dirísio, considerado o principal traficante de armas da América Latina, foi detido em Buenos Aires, Argentina. A prisão ocorreu em conjunto com sua esposa, Julieta Nardi Aranda, ambos fugitivos da Justiça paraguaia desde o final de 2023.

Dirísio, embora comandasse um esquema de tráfico originado no Paraguai, é cidadão argentino. A operação de prisão foi conduzida pela Interpol e comunicada ao superintendente da Polícia Federal (PF) na Bahia, delegado Flávio Albergaria. Este liderou a investigação que revelou o esquema de tráfico internacional de armas, abastecendo facções criminosas no Brasil.

A Interpol fornecerá mais detalhes sobre a prisão à PF baiana e comunicará a Suprema Corte no Paraguai. A detenção do casal resultou de diligências intensivas e troca fluida de informações entre as polícias brasileira e argentina, de acordo com a direção de cooperação policial internacional.

Diego Hernan Dirísio é o principal alvo de uma operação que investiga um grupo suspeito de fornecer 43 mil armas para as maiores facções do Brasil, movimentando R$ 1,2 bilhão. Contra ele e sua esposa, pesa um pedido de extradição para responderem ao processo criminal no Paraguai. Dirísio conduzia as vendas de armas por meio de sua empresa IAS, com sede no Paraguai.

Diego Dirísio utilizava sua empresa de fachada para vender armas ao redor mundo. Foto: Divulgação

O delegado Flávio Albergaria destacou que Dirísio era o responsável pela coordenação das atividades da empresa, conduzindo as negociações diretas para venda e revenda, ciente de que as armas seriam destinadas ao crime organizado.

A PF considera Dirísio o maior contrabandista de armas da América do Sul. A investigação teve início em 2020, após a apreensão de pistolas e munições em Vitória da Conquista, Bahia. A operação foi conduzida pela PF da Bahia em parceria com o Ministério Público Federal, contando com cooperação internacional da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.

Ao longo da investigação, foram realizadas 67 apreensões, totalizando 659 armas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará. A empresa IAS, de Dirísio, importou milhares de armas de diversos fabricantes europeus, como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

O esquema envolvia doleiros e empresas de fachada no Paraguai e em Miami, EUA, para revender os arsenais para as maiores facções brasileiras, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Entre novembro de 2019 e maio de 2022, a IAS importou 7.720 pistolas de um fabricante croata, além de fuzis e rifles de outros países europeus, totalizando 16.669 armas.

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