Regionais : Retorno da fiscalização ajuda a entender redução do desmatamento na Amazônia
Enviado por alexandre em 04/02/2024 23:47:09

Trabalho dos fiscais ambientais do IBAMA em priorizar áreas críticas ajuda a entender como o desmatamento caiu de 2022 para 2023; Mudança de governo foi fundamental para alcançar resultado

Neste texto buscamos apresentar os resultados obtidos a partir de ações concretas adotadas pelo IBAMA com objetivo de modificar o comportamento dos infratores ambientais e reduzir o desmatamento na Amazônia legal no ano de 2023. Entre 01 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2023, segundo dados dos alertas da plataforma Brasil Mais, foram desmatados no bioma Amazônia 745.534,25 hectares, enquanto no mesmo período do ano de 2022 foram desmatados 1.615.657,99 hectares.

 

Esse resultado foi alcançado em parte por consequência das ações de fiscalização ambiental realizadas pelo IBAMA ao longo do ano de 2023 que, como poderemos ver, modificou o comportamento infracional e reduziu regionalmente o desmatamento na Amazônia Legal.Através de imagens de satélite de alta resolução adquiridas diariamente através da plataforma Brasil Mais, são realizadas análises para identificação de áreas de desmatamento a corte raso, nas quais todas ou a maioria das árvores anteriormente presentes foram retiradas.

 

A partir desta detecção, são gerados polígonos referentes a cada área desmatada e alertas referentes aos polígonosTendo como base os alertas, foram produzidos mapas de calor para assim definir os locais de maior concentração de áreas desmatadas, ou seja, locais onde a área total dos polígonos de desmatamento é maior. Esses locais foram escolhidos para o posicionamento das bases do IBAMA de combate ao desmatamento.

 

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Esse princípio para definição dos locais das bases foi adotado na medida em que as ações de combate ao desmatamento dos grandes polígonos possibilitam que, com menor esforço logístico e de pessoal, seja possível evitar que grandes áreas sejam desmatadas, afetando assim positivamente na redução da taxa de desmatamento e otimizando a utilização dos recursos materiais e humanos.

 

Considerando as áreas de maior concentração do desmatamento e os meios atualmente disponíveis no IBAMA foi possível instalação de 6 (seis) bases de combate ao desmatamento, sendo que somente duas delas foi possível manter permanentemente as equipes em campo o ano todo (região de Extrema na fronteira entre Rondônia e Amazonas e Apuí, no estado do Amazonas).

 

Retorno da fiscalização ajuda a entender redução do desmatamento na Amazônia

 

Para identificação dos locais de concentração das áreas desmatadas, foi criado um mapa de calor a partir dos alertas de desmatamento do ano de 2022, tendo como variável que gera o mapa de calor a área desmatada em hectares. Ou seja, as áreas mais vermelhas no mapa abaixo representam locais de ocorrência de maiores áreas desmatadas, o que necessariamente não implica em áreas de maior quantidade de alertas de desmatamento, pois pode existir poucos alertas de desmatamento de grandes áreas ou muitos alertas de desmatamento de pequenas áreas desmatadas.

 

Por exemplo, no estado do Acre existem muitos polígonos de desmatamento pequenos, enquanto que no sul do município de Lábrea no Amazonas existe uma grande concentração de polígonos de desmatamento grande. A existência de grande quantidade de polígonos pequenos implica em maiores deslocamentos das equipes de fiscalização, grande variedade de infratores envolvidos e pouco recursos econômicos aplicados.

 

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( Fotos: Reprodução)

 

Nas grandes áreas ocorre o contrário, representa poucos infratores com grande aporte de recursos financeiros para o desmatamento. Assim se definiu a localização das bases de combate ao desmatamento, sendo as mesmas fixadas permanentemente nos locais de maior concentração de áreas desmatadas. Evitou-se ao máximo alterar a posição das bases de forma a manter o controle contínuo do local, propiciando a permanência do Estado na região.

 

Experiências anteriores de alteração constante da posição das bases de combate ao desmatamento apresentaram menor eficácia pois, uma vez retiradas as equipes de fiscalização do local, as derrubadas da vegetação eram retomadas e o resultado obtido durante a permanência das equipes no terreno era perdido.

 


Portanto, se adotou como segundo princípio a fixação de equipes pelo maior tempo possível nos locais previamente selecionados, conforme critério descrito anteriormente.No mapa abaixo, os locais de instalação das bases de combate ao desmatamento foram representados com pontos, e foi delimitado um raio de 150 km no entorno de cada base, que representa a área de atuação da base. 

 

Fonte:  O Eco

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