O caso da influenciadora Mariana Michelini, de Matão, no interior de São Paulo, reacende a discussão sobre os riscos do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos. Mariana perdeu parte do lábio superior após uma harmonização facial com essa substância, que é utilizada para corrigir pequenas deformidades e a perda de gordura facial.

O PMMA é permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) desencoraja seu uso para fins estéticos, recomendando, em vez disso, preenchimentos com substâncias reabsorvíveis como o ácido hialurônico. Os riscos associados ao PMMA podem resultar em complicações graves e de difícil resolução, como formação de nódulos, deformidades, inflamações, AVC, e até morte.

O caso de Mariana não é isolado. A modelo, jornalista e ex-assistente de palco do “Legendários”, Lygia Fazio, faleceu após complicações decorrentes de uma aplicação de PMMA nos glúteos em maio de 2023. Na ocasião, a SBCP destacou, em comunicado ao Terra, que o polimetilmetacrilato deve ser usado exclusivamente para corrigir pequenas deformidades, não sendo recomendado para procedimentos estéticos.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reforça a importância de conscientizar sobre os riscos do PMMA, destacando que seu uso inadequado pode levar a danos desastrosos e irreversíveis.