Ciência & Tecnologia : Cientistas são premiados após usarem IA para decifrar pergaminho carbonizado pela erupção do Vesúvio
Enviado por alexandre em 06/02/2024 00:40:39

Pergaminhos, que parecem troncos de cinza endurecida, sofreram graves danos e até se despedaçaram ao tentar abri-los

Três investigadores ganharam nesta segunda-feira um prêmio de 700 mil dólares (cerca de R$ 3,48 milhões) por usarem inteligência artificial (IA) para ler parte de um pergaminho com quase 2 mil anos queimado na erupção do vulcão Vesúvio. Os Papiros de Herculano consistem em cerca de 800 pergaminhos gregos enrolados que foram carbonizados durante a erupção, ocorrida em 79 DC., que enterrou a antiga cidade romana de Pompeia, segundo os organizadores do concurso "Desafio do Vesúvio".

 

Os pergaminhos, que parecem troncos de cinza endurecida e estão guardados no Instituto da França, em Paris, e na Biblioteca Nacional de Nápoles, na Itália, sofreram graves danos e até se despedaçaram ao tentar abri-los.

 

Alternativamente, o "Desafio do Vesúvio" realizou tomografias computadorizadas de alta resolução de quatro dos pergaminhos e ofereceu um milhão de dólares em vários prêmios para estimular a pesquisa sobre eles. O trio vencedor era composto por Youssef Nader, estudante de doutorado em Berlim; Luke Farritor, aluno e estagiário da SpaceX em Nebraska (Estados Unidos); e Julian Schilliger, estudante suíço de robótica.

 

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O grupo usou IA para ajudar a distinguir a tinta do papiro e resolver a letra grega fraca e quase ilegível por meio do reconhecimento de padrões.

 

“Alguns destes textos poderiam reescrever completamente a história de períodos-chave do mundo antigo”, disse Robert Fowler, especialista em classicismo e presidente da Sociedade Herculano, à revista Bloomberg Businessweek.

 

O desafio exigia que os pesquisadores decifrassem quatro passagens de pelo menos 140 caracteres, sendo pelo menos 85% recuperáveis. No ano passado, Farritor decodificou a primeira palavra em um dos pergaminhos, que acabou sendo a palavra grega para “roxo”.

 

Segundo os organizadores, seus esforços conjuntos permitiram que aproximadamente 5% do pergaminho fosse descriptografado. O autor do manuscrito foi “provavelmente o filósofo epicurista Filodemo”, que escreveu “sobre música, comida e como aproveitar os prazeres da vida”, escreveu o organizador do concurso, Nat Friedman, na rede social X.

 

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Os pergaminhos foram encontrados em uma vila que se acredita ter pertencido ao sogro patrício de Júlio César, cuja propriedade, em grande parte não escavada, abrigava uma biblioteca que poderia conter milhares de manuscritos. Na próxima fase do concurso, será feita uma tentativa de usar a pesquisa para desvendar 85% do pergaminho, acrescentou Friedman.

 

Fonte: Metrópoles

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