O Flamengo reclamou do valor de indenização pedido pela família de Christian Esmério, vítima da tragédia do Ninho do Urubu em 2019. O clube tem se eximido de culpa pelo incêndio e sugerido pagamentos bem menores no único caso em que ainda não fechou acordo.
“No caso concreto, por certo o sofrimento vivido pelos autores em razão da perda de seu filho de maneira tão trágica deve ser levado em conta, mas não se pode, no entanto, ser fixado dano moral em valor exorbitante e discrepante dos critérios estabelecidos pela jurisprudência”, diz a defesa do clube.
A família de Christian, que morreu aos 15 anos, pede o pagamento de R$ 9,3 milhões, sendo R$ 5,4 milhões por danos morais e R$ 3,9 milhões por pensão. Eles também solicitaram que o pagamento à vista, o que o clube também contesta.
O Flamengo alega que há um entendimento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que estabelece que valores de indenização por danos morais em caso de morte devem ser calculados entre R$ 150 mil e 500 salários-mínimos. Como o salário mínimo da época do acidente era de R$ 998, o montante pago à família seria de no máximo R$ 499 mil, se a Justiça aceitar o pedido do clube.