O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai tornar pública sua decisão sobre a operação realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), que investiga aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo informações da coluna de Vera Magalhães, no Globo, Moraes vai levantar o sigilo de mais de 130 páginas, incluindo as petições da PF e as manifestações do Ministério Público Federal.
A decisão do ministro é detalhada e extensa, trazendo informações fundamentais para entender o alcance das ações da corporação. A delação do tenente-coronel Mauro Cid contribuiu para embasar os pedidos, mas as provas da PF vão além das revelações do militar.
Entre as dúvidas que devem ser esclarecidas estão os motivos para a prisão preventiva de quatro ex-assessores de Bolsonaro, incluindo três militares. Eles não apenas executavam tarefas nos ataques à democracia, mas também estariam envolvidos na captação de recursos para as manifestações.
De novo? VÍDEO mostra operação da PF na casa de Bolsonaro em Angra (RJ)
Na manhã desta quinta-feira (8), agentes da Polícia Federal (PF) retornaram à casa de praia de Jair Bolsonaro (PL) na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), para cumprir mandados autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O ex-presidente é alvo da operação da PF que investiga uma organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e na abolição do Estado Democrático de Direito, com o objetivo de obter vantagens políticas e manter o ex-capitão no poder.
Na residência em Mambucaba, os policiais apreenderam o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Tomaz. Além disso, os agentes determinaram que Bolsonaro entregasse o passaporte. Como o documento não estava na residência, foi concedido um prazo de 24 horas para que ele o entregasse.
Relatos indicam que oito policiais federais entraram na residência nas primeiras horas da manhã, utilizando carros descaracterizados, mas trajando uniformes da PF. “Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável”, disse Bolsonaro, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. “Me esqueçam, já tem outro governando o país”.