Regionais : Tudo sobre os dois presos que fugiram de penitenciária de segurança máxima em Mossoró (RN)
Enviado por alexandre em 15/02/2024 15:45:41


Presos que fugiram de penitenciária de Mossoró. (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez desde a sua criação em 2006, um presídio de segurança máxima do sistema penitenciário federal registrou uma fuga.

O incidente ocorreu na Penitenciária Federal de Mossoró, localizada na região Oeste do Rio Grande do Norte. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos. Até o momento, eles permanecem foragidos.

Quem são os fugitivos

Os fugitivos são originários do Acre e estavam detidos em Mossoró desde setembro de 2023, após participarem de uma rebelião na Penitenciária de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos – ambos têm ligações com o Comando Vermelho, uma facção criminosa liderada por Fernandinho Beira-Mar.

Rogério da Silva Mendonça possui mais de 50 processos criminais, incluindo homicídio e roubo, com uma condenação total de 74 anos de prisão.

Enquanto Deibson Cabral Nascimento, por sua vez, acumula mais de 30 processos, principalmente por crimes relacionados a organização criminosa, tráfico de drogas e roubo, com uma pena total de 81 anos de prisão.

Circunstâncias da fuga

Até o momento, não foram divulgadas informações precisas sobre as circunstâncias exatas da fuga. O Ministério da Justiça e Segurança Pública não revelou como os presos conseguiram escapar, nem se houve ajuda externa.

A penitenciária de Mossoró está passando por reformas, o que levanta especulações sobre a possível influência das obras na fuga dos detentos.

Características da Penitenciária Federal de Mossoró

Inaugurada em 2009, a Penitenciária Federal de Mossoró possui capacidade para 208 presos e é a terceira a ser construída pela União.

Vista da Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Senappen/Divulgação

Localizada em uma área isolada, a cerca de 15 quilômetros do centro da cidade de Mossoró, a unidade é conhecida por suas medidas de segurança rigorosas.

As celas individuais possuem cerca de sete metros quadrados e são monitoradas constantemente por câmeras de vídeo. Além disso, a penitenciária dispõe de biblioteca, unidade básica de saúde e parlatórios para visitas e audiências judiciais.

Procedimentos após a fuga

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ordenou uma série de medidas após a fuga dos presos. As medidas incluem a revisão dos protocolos de segurança em todas as penitenciárias federais do país e o afastamento imediato da direção da Penitenciária de Mossoró, com a nomeação de um interventor para administrar a unidade.

Além disso, foi aberto um inquérito para apurar as circunstâncias da fuga e uma equipe de peritos foi deslocada para auxiliar nas investigações e na recaptura dos fugitivos. Mais de 100 agentes federais estão envolvidos nas operações de busca, com o apoio das autoridades locais.

Sistema penitenciário federal

As penitenciárias federais foram criadas em 2006 com o objetivo de combater o crime organizado e isolar líderes criminosos e detentos de alta periculosidade.

Os presos são transferidos para essas unidades se cumprirem certos critérios, como envolvimento em organizações criminosas ou crimes violentos. Eles podem permanecer nessas penitenciárias por até três anos, com a possibilidade de prorrogação.

MP do Acre acompanha caso de fuga de presos do Acre em Mossoro (RN)



O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), informa que tomou conhecimento nas primeiras horas desta quarta-feira, 14, da fuga de dois presos acreanos do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A pedido do Gaeco, Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça haviam sido transferidos do Acre, após participação na rebelião no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos, em julho de 2023.

O MPAC comunica, ainda, que vem atuando em colaboração com as demais instituições para que os fugitivos sejam recapturados.

Fuga de prisão em Mossoró; fato é o 1º registrado na história da carceragem federal

Secretário nacional de políticas penais, André Garcia, está a caminho do Estado; pasta pediu apoio da Polícia Federal

Dois presos fugiram nesta quarta-feira (14) da prisão de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Esta é a primeira vez na história que uma carceragem federal registra fuga. A informação foi confirmada pelo R7 com o Ministério da Justiça. Os homens foram identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento.

O secretário nacional de políticas penais, André Garcia, estava a caminho do estado para auxiliar nas buscas. De acordo com fontes, a PF Polícia Federal foi acionada, não só para ajudar no trabalho de recaptura, mas também de investigação das responsabilidades dos envolvidos. A segurança do Rio Grande do Norte vai auxiliar nos trabalhos. Os agentes vão priorizar as próximas 72 horas para a captura.

Segundo fontes informaram à RECORD, os presos têm ligação com a facção criminosa Comando Vermelho, mas não possuem grande aporte financeiro. Mendonça e Nascimento vieram do Acre, onde participaram da rebelião de julho de 2023, que terminou com cinco mortes. Após o episódio, foram transferidos para Mossoró, em celas separadas, e estão no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Durante a madrugada, mais especificamente entre 3h e 4h, fugiram das celas e escaparam pela área de encanamento.

No Brasil, há outras quatro unidades de prisão federal: em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e em Brasília (DF). Os centros recebem lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade, com a finalidade de combater o crime organizado.

“Desde a sua criação, é referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a LEP (Lei de Execuções Penais)”, diz o site da Secretaria Nacional de Políticas Penais.

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