O filósofo Roberto Mangabeira Unger planeja entrar com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) visando garantir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja preso.
Mangabeira, ex-ministro do presidente Lula (PT) e “guru” de Ciro Gomes (PDT), consultou amigos jurídicos e políticos sobre essa medida, além de discutir o assunto com autoridades de tribunais superiores e Bolsonaro pessoalmente.
Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Mangabeira defende a reconciliação nacional e argumenta que prevenir a prisão de Bolsonaro poderia evitar radicalizações entre seus apoiadores. A iniciativa surpreendeu pelo filosofo ser associado à esquerda e Bolsonaro à direita.
Professor em Harvard desde 1971, Mangabeira alega se preocupar com a inelegibilidade de Bolsonaro decidida pelo TSE. Ele defende que Bolsonaro deveria poder concorrer, permitindo um debate democrático sobre políticas públicas com Lula, inspirando-se nas regras dos EUA que permitem candidaturas mesmo após condenação e prisão.
Bolsonaristas apelaram a Temer e Gilmar para tirar Valdemar da prisão
Gilmar Mendes, ministro do STF, e Michel Temer, ex-presidente. Foto: reprodução
Interlocutores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Valdemar Costa Neto mobilizaram várias autoridades políticas e jurídicas, em uma tentativa de libertar o presidente do Partido Liberal da prisão, o que aconteceu dois depois.
Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi acionado para interceder junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ex-deputado e ex-ministro Carlos Marun. Temer, conhecido por sua cautela em temas delicados, prefere discutir pessoalmente questões desse tipo, especialmente com Moraes.
Outro procurado foi o também ministro do STF Gilmar Mendes, figura influente no universo político da corte. Costa Neto foi detido temporariamente após a Polícia Federal encontrar uma arma irregular e uma pepita de ouro em sua residência durante uma ação de busca a apreensão da Operação Tempus Veritatis.
Diante das investigações da PF, Valdemar pretende adotar uma postura mais discreta, reduzindo suas críticas a Moraes. Recentemente, ele defendeu o impeachment do ministro do STF e criticou Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, por não confrontar Moraes.