A Polícia Federal (PF) revelou uma “montagem surreal” encontrada no celular apreendido de Roberto Mantovani, empresário envolvido na agressão contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo, em um aeroporto na Itália. De acordo com o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, a imagem mostrava “o presidente da República e a primeira-dama seguravam uma coisa”, com “corpo e feição infantis”, e a “cabeça de um rato”.

Em documentos anexados ao relatório, Sakaki detalhou que Mantovani compartilhou a imagem com diversos contatos pelo aplicativo WhatsApp. Outros conteúdos no celular do empresário foram destacados, incluindo trechos de legenda de uma foto que registrava o encontro do governador Eduardo Leite e de seu companheiro, o médico Thalis Bolzan, com Lula e Janja.

A PF afirmou que não foi possível determinar se o texto foi escrito por Roberto e colocado junto à fotografia ou se ele recebeu a imagem já com o texto. O relatório da PF buscava traçar um perfil do empresário por meio de seu comportamento nas redes sociais, caracterizando os conteúdos como “homofóbicos, misóginos e com injúrias”.

Apesar das alegações de Moraes sobre a agressão de Mantovani ao seu filho, as imagens de câmeras de segurança indicaram apenas o crime de injúria, considerado de menor potencial ofensivo. Como o incidente ocorreu na Itália, a PF optou por não indiciar Roberto Mantovani.