A Polícia Militar prendeu na noite da última quinta-feira, 29/02, um homem suspeito de realizar um ritual satânico envolvendo sangue dentro da própria casa em Portel, na Região de Integração do Marajó.

Não há informações de feridos ou vítimas humanas e a polícia investiga para saber de quem é o sangue. Formalmente, a PM encaminhou o suspeito à delegacia de Polícia Civil pela acusação de ameaça contra vizinhos.

O gestor do 12º Comando de Policiamento Regional (CPR XII) do Marajó Ocidental, coronel Márcio Abud, explicou que os policiais da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar chegaram até o suspeito após vizinhos o denunciarem por ameaças e por depredação de patrimônio, uma vez que estaria jogando garrafas de vidro contra os denunciantes e contra a casa deles.

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Quando os militares bateram à porta da casa do suspeito, foram recebidos por um homem bastante agressivo, que estaria insultando e tentando agredir os policiais, que o algemaram para conter a fúria.

Foi quando a equipe observou que havia gotas de sangue em alguns compartimentos da casa e percebeu que não era do acusado.

Ao entrar na residência, os policiais se depararam com o que relataram ser um ritual satânico. Encontraram uma folha de papel com um pentagrama desenhado, com o número 666 (que segundo a bíblia representa a besta) escrito e com cruzes invertidas pintadas no papel, além de gotas de sangue. No topo da página estava escrito “Satan”.

Também havia outras duas folhas com escritas de um pacto, no qual o suspeito propunha a morte de pessoas em troca de sua alma. O papel também estava “assinado” com sangue.

Ao lado dos papeis tinha uma carcaça de cabeça de animal com chifres, aparentemente de um bode.

No quintal da casa havia uma cadeira, uma máquina de lavar e uma cafeteira quebradas.

Os vizinhos relataram que viram a mãe do suspeito saindo de casa, aparentemente, transtornada e desesperada. Os policiais suspeitaram que o sangue pudesse ser dela e fizeram uma busca pelo Hospital Municipal de Portel, onde não a encontraram.

Logo depois, a mãe compareceu à delegacia de Polícia Civil sem ferimentos e explicou que fugiu de casa por causa de uma discussão com o filho.

A prática do ritual, em si, não é crime e o suspeito foi detido sob a acusação de ameaçar os vizinhos.