Regionais : Homens caçam mais de 35 pacas em Mato Grosso; Ibama abre investigação
Enviado por alexandre em 06/03/2024 14:30:23

Vídeo de caça ilegal de pacas viralizou na semana passada pela quantidade de animais mortos. Três caçadores aparecem nas imagens, feitas por outro suposto caçador

Uma filmagem que mostra dezenas de pacas (Cuniculus paca) mortas, amontoadas em três pilhas, tem gerado revolta nas redes sociais desde a última semana. Ainda não há informações precisas sobre local e data em que o vídeo foi gravado, mas autoridades trabalham com a hipótese de as imagens terem sido feitas no estado de Mato Grosso. O Ibama investiga o caso.

 

Na gravação, é possível ver três homens. O vídeo é narrado por uma quarta pessoa, que celebra a conquista dos amigos pela quantidade de animais mortos. “Eu cheguei agora nesse acampamento, nem aqui eu tava. Esse aqui que é o perigoso, olha a cara”, narra, mostrando o amigo.

 

A paca é o segundo maior roedor do Brasil, possui de médio a grande porte e é conhecido por sua velocidade e agilidade. Nativa de florestas tropicais, pode ser encontrada desde a América Central até o Paraguai. Seu peso varia de 6 a 15 kg, sendo os machos os mais pesados.

 

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A caça de paca vem de longa data e entrou pro imaginário brasileiro com o ditado “paca, tatu, cotia não”. As duas primeiras espécies tinham carnes apreciadas pelos portugueses, já a cotia não era considerada saborosa. Mesmo que a tradição seja antiga, a caça de animais silvestres sem ser para fins de subsistência não é permitida pela legislação desde 1967.

 

“Essa não é uma caça de subsistência, como prevista no artigo 37 da lei 9.605/98, que visa à manutenção alimentar de populações que não possuem outros recursos alimentares a não ser espécies da fauna silvestre”, analisa o biólogo Gabriel Salles Masseli, doutorando do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). “O que passa ao ver a filmagem é um sentimento de tristeza, revolta, bem como de vergonha por ver a sua espécie destruindo não só as demais espécies, mas o meio ambiente como um todo”, disse.

 

Segundo Masseli, existem diversas espécies que estão sofrendo constante ameaça por conta da caça, mesmo ela sendo proibida em diferentes legislações brasileiras, como a lei 9.605/98 (lei de crimes ambientais), e lei 5.197/67 (lei de proteção da fauna). “A caça predatória não apenas ameaça a sobrevivência das espécies caçadas, mas também tem um impacto direto e indireto sobre a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas”, afirma.

 


 

O Ibama informou que está ciente sobre o caso e que o vídeo foi encaminhado para investigação “com o objetivo de levantar informações sobre o crime e identificar os infratores para tomar as providências cabíveis”.

 

Fonte: O Eco

Infratores são presos em Bonito por caça ilegal de animais silvestres

Foto: Reprodução

Operação da Polícia Ambiental de Bonito apreendeu mais de 50 kg de carne de animais silvestres em freezer, inclusive uma espécie de tatu considerada ameaçada de extinção, além de rifles e munição

A Polícia Militar Ambiental de Bonito prendeu e autuou dois homens por caça ilegal de animais silvestres e porte ilegal de armas. Os policiais apreenderam 52 quilos de carne de catetos (Pecari tacaju), 3kg de carne de cutia (Dasyprocta punctata) e um tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) — espécie ameaçada de extinção –, armazenados em um freezer no local, além de dois rifles e munições.

 

Os infratores foram multados em R$28.500,00, receberam voz de prisão e foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Bonito.A ação foi uma resposta a denúncias recebidas pelos policiais sobre a caça ilegal.

 

Os infratores são residentes de Chapecó, interior de Santa Catarina, e prestavam serviço como empreiteiros em propriedade rural em Bonito há pouco mais 30 dias.

 

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Em outra ação, realizada no dia anterior (30), os policiais ambientais de Bonito autuaram em R$5.000,00 o proprietário de um atrativo turístico pela supressão vegetal de 300 metros quadrados, medidos com GPS, em Área de Preservação Permanente (APP), nas matas ciliares do rio Formoso.

 

O proprietário, que também responderá por crime ambiental com pena prevista de um a três anos de detenção, afirmou que seu funcionário havia suprimido a área sem sua autorização. 

 

 

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