Na reta final da campanha eleitoral em Portugal, o líder do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, declarou que, se for eleito primeiro-ministro, proibirá a entrada do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no país para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, agendadas para 25 de abril.

Ventura, cuja candidatura conta com apoio público do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), ameaçou ainda prender Lula caso ele insista em visitar o país europeu. “Se o Chega vencer as eleições legislativas, Lula da Silva não vai entrar em Portugal. Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, ele ficará no aeroporto. E, se insistir, vai para uma cadeia”, disse durante um comício.

O líder ultradireitista também expressou o desejo de limitar a entrada do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que visitou o presidente brasileiro na última quarta-feira (6). “Sánchez só entrará quando necessário, porque também não queremos que entre muitas vezes”.

Em 2023, durante uma visita oficial de Lula a Portugal, o partido Chega organizou um protesto em frente ao Parlamento luso contra a presença do dele no país durante uma sessão comemorativa do 25 de abril.