Regionais : Feminicídio: metade das mulheres assassinadas foi vítima de arma no Brasil
Enviado por alexandre em 08/03/2024 10:57:51


Arma de fogo. (Foto: Reprodução)

Um estudo divulgado nesta semana pelo Instituto Sou da Paz mostra que no Brasil, em 2022, metade das mulheres assassinadas foi vítima de arma de fogo. Os dados dizem que, em geral, os autores desses crimes são pessoas próximas da vítima, como parceiros íntimos, amigos ou familiares. Isso evidencia a gravidade da violência de gênero no país, especialmente contra mulheres jovens, já que 60% das vítimas tinham entre 20 e 39 anos. Além disso, sete em cada dez mulheres assassinadas são negras, destacando a vulnerabilidade desse grupo.

A análise, que considerou dados de 2012 a 2022, revela que, em média, 2.200 mulheres são mortas por arma de fogo a cada ano no Brasil. Embora os homicídios tenham diminuído desde 2017, a violência armada não letal tem aumentado, especialmente dentro de casa, onde 35% dos casos registrados indicam suspeita de consumo de álcool pelo agressor.

A pesquisa também revela diferenças regionais significativas, com as regiões Nordeste e Norte apresentando as maiores taxas de homicídios femininos por arma de fogo. Estados como Ceará, Rondônia e Bahia destacam-se pelos índices alarmantes, enquanto o Sudeste tem a menor taxa.

Marina Ganzarolli, presidente e fundadora do Me Too Brasil, enfatiza a importância de investimentos em estrutura e acolhimento para as vítimas, além de uma melhor aplicação das leis existentes. Ela destaca que, embora o Brasil tenha legislação avançada sobre o tema, muitas vezes falta estrutura para o atendimento adequado e acesso à Justiça, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade.


Em 9 anos, mais de 10 mil casos de feminicídio foram registrados no Brasil, diz levantamento


Centro-Oeste se destaca por apresentar a taxa mais elevada de feminicídio. (Foto: Reprodução)

Um estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que, nos últimos nove anos, mais de 10 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, segundo dados oficiais registrados pela polícia.

A lei do feminicídio, em vigor desde março de 2015, qualifica o crime cometido contra a mulher por razões de gênero, violência doméstica ou menosprezo à condição feminina.

O Centro-Oeste se destaca por apresentar a taxa mais elevada de feminicídios, seguido pelo Norte e pelo Sul do país, enquanto o Sudeste teve o maior aumento de casos em 2023.

Unidades federativas como Mato Grosso, Acre, Rondônia e Tocantins registraram as maiores taxas de feminicídio, com algumas apresentando redução, enquanto estados como Ceará, São Paulo e Amapá tiveram as menores taxas, mas com preocupações sobre a subnotificação dos casos.

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