Após a passagem de uma frente fria pelo Sul e Sudeste, as temperaturas voltam a subir em todo o Brasil no fim de semana. De acordo com a Climatempo, as chuvas também devem ser mais isoladas, com pancadas em algumas regiões.
A frente fria vinda do Sul do país causou fortes temporais em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em Minas Gerais nesta semana. Mas, de acordo com a porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, o sistema já se afastou do país.
"A chuva vai dar uma trégua pelo Brasil nos próximos dias. E, com menos chuva, a temperatura tem mais liberdade para subir", comenta a meteorologista.
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Os modelos de precipitação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que um volume baixo de chuvas deve ser registrado no Brasil nos próximos dias. A meteorologista ainda acrescenta que as chuvas devem vir em forma de pancadas, algo característico do verão.
Com a diminuição no volume de chuvas prevista, o nível do Rio Acre, que atingiu marcas históricas nos últimos dias, deve começar a baixar lentamente.
Com a elevação gradual das temperaturas ao longo do fim de semana, o país pode ter uma nova onda de calor na próxima semana.
De acordo com a Climatempo, uma massa de ar quente ganha força entre o Paraguai e o norte da Argentina. Combinado a uma área de alta pressão, o calor deve se manter sobre a região por uma sequência de dias. O sistema dificulta a formação de nuvens carregadas e mantém o ar seco e em gradual aquecimento.
A previsão indica que essa massa de ar quente deve se expandir para a região Sul, Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo. Essas regiões devem ter calor intenso até sexta-feira (15).
As maiores temperaturas devem ser registradas no oeste da região Sul, sudoeste do Mato Grosso do Sul e o oeste de São Paulo. Nesses locais, pode ser registrada a terceira onda de calor do ano.
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A meteorologista Maria Clara Sassaki comenta que, em algumas regiões, os termômetros podem chegar a máximas perto dos 40°C. Ela também afirma que o ápice da onda de calor deve acontecer entre quarta (13) e quinta (14).
Fonte: G1
Fevereiro de 2024 marcou o nono mês consecutivo de recordes de calor na Terra, anunciaram cientistas do observatório europeu Copernicus na quinta-feira (7). O dado considera a temperatura média do ar. Mas além das medições na atmosfera, os cientistas também verificaram recordes no oceano.
Desde junho de 2023, temos registrado um mês mais quente a cada novo período. Um dado preocupante que ilustra claramente que vivemos uma emergência climática, ou uma "era de fervura global", como definiu secretário-geral da ONU, António Guterres.
Fevereiro junta-se à longa série de recordes dos últimos meses. Por mais notável que isto possa parecer, não é realmente surpreendente, uma vez que o aquecimento contínuo do sistema climático conduz inevitavelmente a novos extremos de temperatura. — Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).
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Ainda de acordo com o observatório, fevereiro de 2024 foi o fevereiro mais quente já registrado globalmente porque teve uma temperatura média do ar de superfície de 13,54°C, o que equivale a 0,81°C acima da média de fevereiro de 1991-2020 e 0,12°C acima do recorde anterior, em fevereiro de 2016.
Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses (março de 2023 - fevereiro de 2024) é a mais alta já registrada, 0,68°C acima da média de 1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
RECORDES NO OCEANO
Nos mares, a situação também é preocupante. Também segundo o observatório europeu, a temperatura média da superfície do mar global para fevereiro atingiu 21,06°C, um recorde quando comparado com qualquer mês do conjunto de dados do Copernicus.
O número ficou acima do recorde anterior de agosto de 2023 (20,98°C).
Fora isso, a temperatura média diária da superfície do mar global atingiu um novo máximo absoluto de 21,09°C no final do mês.
"O clima responde às concentrações reais de gases com efeito de estufa na atmosfera, pelo que, a menos que consigamos estabilizá-los, enfrentaremos inevitavelmente novos recordes de temperatura global e as suas consequências”, acrescentou Buontempo.
LISTA DE RECORDES
A marca de temperatura de fevereiro se soma à lista de recordes globais de calor neste e no último ano:
Primeiro, o planeta registrou o mês de junho mais quente da história.
Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro e agora fevereiro.
Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final de 2023.
E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.
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Fora tudo isso, julho de 2023 foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.
Fonte: G1