Regionais : Fugitivos de Mossoró são presos no Pará após 50 dias
Enviado por alexandre em 04/04/2024 17:13:59


Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça após serem capturados. Foto: Divulgação

Os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Rogério Silva Mendonça (36) e Deibson Cabral Nascimento (34), foram capturados no Pará, segundo a GloboNews. Associados ao Comando Vermelho (CV), eles estavam sendo buscados pela Polícia Federal desde 16 de fevereiro, quando conseguiram escapar.

Ambos são do Acre e estavam na Penitenciária desde setembro de 2023. Rogério tem uma vasta ficha criminal e cumpria pena no Acre antes de ser transferido para o Rio Grande do Norte.

Deibson estava preso desde agosto de 2015 e passou também pelo presídio federal de Catanduva (PR). Ele responde por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio.

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Como fugitivos foram de Mossoró (RN) para Marabá (PA) em 50 dias


Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram responsáveis por primeira fuga de penitenciárias federais no país. Foto: Divulgação

Após uma saga de 50 dias em fuga, os dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram finalmente recapturados nesta quinta-feira (4) em Marabá, no Pará. Rogério Mendonça, de 35 anos, e Deibson Nascimento, de 33, ambos ligados ao Comando Vermelho, receberam apoio da facção para bancar esconderijos, disfarces e até viagens de barco para dificultar a perseguição da Polícia Federal.

A prisão ocorreu quase uma semana após a Força Nacional ter encerrado as buscas por eles, mobilizando mais de 600 homens e uma ampla gama de recursos tecnológicos, como helicópteros, drones e cães farejadores.

Rogério e Deibison conseguiram protagonizar a primeira fuga de presídios de segurança máxima no Brasil em 14 de fevereiro, quando abriram caminho por um buraco escondido atrás de uma luminária na penitenciária.

Munidos de ferramentas provenientes de uma obra nas instalações do presídio, cortaram duas cercas de arame e empreenderam uma escapada que se tornaria histórica, sendo a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde sua criação, em 2006.

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça após serem capturados. Foto: Divulgação

As buscas se estenderam por diversas áreas rurais, com foco nas cidades de Mossoró e Baraúna, próximas à divisa com o Ceará. Durante esse período, os fugitivos invadiram casas, fizeram reféns e receberam apoio de uma facção criminosa, que teria pago R$ 5 mil a um fazendeiro para que abrigasse os fugitivos em sua propriedade.

Já no primeiro dia fora da prisão, eles invadiram uma casa que fica a 7 km do presídio, entre 18h e 21h, e levaram roupas, sapato e outros itens pessoais. Dois dias depois, a polícia conseguiu rastrear o sinal de um celular que eles roubaram no percurso: eles estavam perto da divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte.

Ao cruzarem a divisa, eles chegaram em Icapuí, a 201 quilômetros de Fortaleza, antes de partirem de barco até o Pará em uma viagem de seis dias.

Com os dias se passando, o Ministério da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski, precisou adotar medidas internas na pasta e no presídio, como a demissão então diretor do presídio e incluir o nome dos dois em uma lista de procurados na Interpol. No dia 24 de fevereiro, a PF anunciou que pagaria R$ 30 mil como recompensa por informações sobre os fugitivos.


Fugitivos de Mossoró tentavam sair do país em “comboio do crime”, diz Lewandowski


Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça. Foto: reprodução

Após uma busca que se estendeu por 50 dias, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, confirmou que os detentos, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, foram detidos por volta das 13h30, próximo a Marabá, no Pará, quando tentavam fugir do Brasil.

Lewandowski afirmou que a captura foi realizada na ponte sobre o Rio Tocantins, o que reforça a tese da fuga internacional. Ele também informou, em coletiva nesta quinta, que os fugitivos estavam em um “comboio do crime”. Além dos dois presos, outros quatro criminosos suspeitos de auxiliá-los foram detidos durante a operação.

Segundo o ministro, a distância percorrida demonstra a ajuda que os dois receberam de comparsas e organizações criminosas. A operação de recaptura foi realizada em conjunto pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal.

“E hoje acabaram presos a cerca de 1.600 km do local da fuga. O que demonstra que, obviamente, que tiveram auxílio de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam. Eles foram presos então nesta rodovia federal no Pará. Eles estavam se dirigindo para o exterior”, disse Lewandoski.

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça após serem capturados. Foto: Divulgação

Os fugitivos conseguiram escapar da penitenciária de segurança máxima no dia 14 de fevereiro, em uma fuga que marcou a primeira ocorrência desse tipo desde a criação do sistema penitenciário federal, em 2006.

A prisão ocorreu após uma investigação minuciosa e um trabalho conjunto entre as forças policiais, que monitoraram os passos dos fugitivos até conseguirem efetuar a prisão.

“Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento”, disse a Polícia Rodoviária Federal em comunicado enviado à Band.

Desde o início da fuga, as autoridades empreenderam esforços incansáveis para recapturar os fugitivos. A Força Nacional esteve envolvida nas buscas por mais de um mês, até que a recaptura fosse finalmente realizada.

“O serviço de inteligência da PF com a PRF estava monitorando os passos dos fugitivos e hoje deram êxito na recaptura”, afirmou a PRF. As autoridades também suspeitam que os outros quatro criminosos ajudaram os fugitivos de Mossoró.

As circunstâncias que levaram à fuga e as possíveis falhas estruturais na penitenciária estão sendo investigadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais está conduzindo uma investigação preliminar para determinar as causas da fuga e identificar possíveis responsabilidades.

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