Em seus primeiros anos no cargo, ele conduziu a OAB durante o processo de fiscalização das eleições, participou da diplomação do presidente Lula e não se vinculou a nenhum tipo de ação a favor ou contra qualquer candidato.
Pós-graduado em direito penal e em processo penal pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ele é natural de Manaus e pertence a uma família de profissionais ligados ao sistema Judiciário. Seu pai, Alberto Simonetti Cabral Filho, foi presidente da seccional da OAB no Amazonas quatro vezes, enquanto seu irmão, Alberto Simonetti Cabral Neto, é ex-conselheiro federal da entidade.
Antes de assumir a presidência da ordem, ele atuou como advogado e ocupou alguns postos na OAB do Amazonas, como conselheiro federal e ouvidor-geral, até se tornar Secretário-Geral da OAB Nacional em 2019. Crítico da Lava Jato, ele já afirmou que estaria disposto a conversar “até mesmo com Sergio Moro”.
Agora, no comando da OAB, ele trabalha para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante que advogados tenham o direito de fazer uma sustentação oral nos tribunais. O conflito com Moraes surgiu após uma intriga entre o magistrado e o advogado Alberto Toron durante sessão na 1ª Turma do STF.
Na ocasião, Moraes negou que ele fizesse sustentação oral na Corte. A OAB argumenta que já existe uma lei que garante o direito, mas o ministro alega que o regimento do Supremo não permite a prática.
O discurso em que endossou um pedido de “Fora Xandão” foi feito nesta quarta (10), na 4ª Conferência Nacional da Jovem Advocacia. Logo após ouvir o grito, ele afirmou: “Nós vamos chegar lá”.
Apesar do conflito com o ministro, ele alegou que houve um equívoco no caso e que entendeu errado o que quis dizer o homem que protestou contra Moraes. Ele alegou que ouviu a frase “fala do Xandão” e que não quis “lacrar” na situação.