Regionais : Moraes e aliados querem cassação de senador bolsonarista no TSE
Enviado por alexandre em 15/04/2024 15:59:47


Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já prepara a cassação do senador Jorge Seif (PL-SC). Além de Moraes, outros ministros mais próximos dele na corte devem julgar o bolsonarista culpado por abuso de poder econômico na campanha ao Senado de 2022.

O julgamento será retomado na próxima terça-feira (16), com o voto do relator, Floriano Azevedo, aliado de Moraes, e deve provocar divergências, segundo fontes escutadas por Malu Gaspar do jornal O Globo.

O grupo ligado ao presidente do TSE, composto por Azevedo, André Ramos Tavares e a vice-presidente, Cármen Lúcia, tende a votar pela cassação. Com o apoio de Moraes, que possui maioria no tribunal, ele detém o controle sobre as votações no plenário.

Na ala mais conservadora do tribunal, Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Jair Bolsonaro (PL), e Raul Araújo indicaram que não seguirão a mesma linha. A posição da terceira ministra conservadora, Isabel Gallotti, ainda é incerta.

Jorge Seif (PL-SC), senador bolsonarista. Foto: reprodução

A ação acusa Seif de abuso de poder econômico ao utilizar recursos das lojas Havan, de Luciano Hang, em sua campanha. Em novembro do ano passado, o senador foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), que não encontrou provas suficientes para caracterizar a irregularidade.

A defesa do bolsonarista busca diferenciar seu julgamento do caso de José Ari Vequi (MDB), prefeito de Brusque (SC) cassado por motivos semelhantes, destacando que não houve uso dos recursos da Havan em sua campanha. No Senado, Seif mobiliza aliados para evitar a cassação, argumentando que tal decisão poderia ter impactos imprevisíveis.

Se a maioria dos ministros votar pela cassação, novas eleições serão convocadas para preencher a vaga do senador. Os aliados de Seif defendem que o segundo colocado, Raimundo Colombo (PSD), deveria assumir o cargo.

Já adversários do bolsonarista enxergam suas ações como um “gesto de desespero” para politizar o julgamento. O senador, por sua vez, afirma confiar na Justiça e argumenta que, se cassado, os eleitores escolherão outro conservador para substituí-lo.

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