Regionais : STF: Zanin e Dino, indicados por Lula, se alinham a Gilmar, Moraes e Toffoli
Enviado por alexandre em 28/04/2024 19:59:21


Flávio Dino e Cristiano Zanin. (Foto: Reprodução)

Os mais recentes ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin e Flávio Dino, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), têm mostrado alinhamento com o grupo formado por Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

Uma análise do jornal O Globo, que avaliou mais de 6 mil julgamentos no STF entre agosto de 2023 e abril de 2024, revelou que Zanin e Dino concordam com esses três ministros em cerca de 73% dos casos, bem acima da média do tribunal, que é de 66%.

Demonstração de comportamento

Esse alinhamento foi observado em casos importantes, como uma decisão que manteve a tributação de empresas, de interesse do governo.

Moraes, relator do caso, votou a favor do governo, acompanhado por outros seis ministros, incluindo Zanin e Dino. A análise dos julgamentos também mostrou que a dupla tem se alinhado com Gilmar, Moraes e Toffoli em questões de repercussão política, como a discussão sobre foro privilegiado e a adoção do juiz de garantias, medidas apoiadas pelo governo Lula.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. (Foto: Reprodução)

Encontros fora do Plenário

Além do alinhamento em plenário, os ministros têm se encontrado em eventos privados, como um jantar realizado por Gilmar Mendes, que contou com a presença de Lula e outros membros do STF.

Essas reuniões sugerem uma forte conexão entre os novos ministros e o núcleo do governo. Mesmo assim, nem sempre todos votam em bloco. No caso da revisão da vida toda dos benefícios do INSS, Zanin votou contra Moraes, seguindo a posição do governo de que a revisão causaria impacto financeiro significativo.

Exceções

Ainda que Zanin e Dino estejam frequentemente do mesmo lado de Gilmar, Moraes e Toffoli, há casos em que divergem, como no julgamento que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Nesse julgamento, Zanin votou ao lado dos ministros indicados por Bolsonaro, Mendonça e Nunes Marques, contra a tese proposta por Gilmar. Nos julgamentos relacionados aos eventos de 8 de Janeiro, ambos se mantiveram próximos à maioria, com Mendonça e Nunes Marques ficando isolados ao votar pela absolvição de réus em parte dos crimes.

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