Regionais : Juíza Andrea Medeiros: A luz da Amazônia que ilumina a justiça brasileira
Enviado por alexandre em 22/05/2024 00:40:42

A magistrada tomará posse no cargo no próximo dia 3 de junho, substituindo o ministro Alexandre de Moraes

 A juíza Andrea Jane Silva de Medeiros, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Manaus, foi convidada para compor o núcleo de magistrados que vão auxiliar a futura presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. A magistrada tomará posse no cargo no próximo dia 3 de junho, substituindo o ministro Alexandre de Moraes.

 

Andrea Jane Silva de Medeiros é uma figura de destaque no cenário jurídico brasileiro. Nascida em Parintins, no Amazonas, em 06 de novembro de 1970, Andrea passou sua infância e parte de sua adolescência na cidade. Depois, mudou-se para Manaus, onde cursou o ensino médio.

 

Em relação à sua formação acadêmica, Andrea é graduada em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Ela é especialista em Direito Penal e Processo Penal pela mesma instituição e em Direito Eleitoral pela Universidade do Estado do Amazonas e Escola Judiciária Eleitoral. A magistrada é mestre em Função Social do Direito da Faculdade Autônoma de Direito – FADISP.

 

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A juíza ingressou na Magistratura Amazonense em 1998 e judicou em São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Juruá e Urucurituba até a promoção por merecimento, em 2011, para a vara de sua atual titularidade.

 

Andréa Medeiros é juíza desde 1998 e, desde então, presidiu 12 eleições. Em 2018, foi juíza da propaganda eleitoral daquela eleição geral, no Amazonas. Sua projeção no cenário nacional ocorreu a partir de 2020, quando atuou como juíza eleitoral no Vale do Javari, onde foram mortos, em junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira.

 

Em plena pandemia, numa região remota, densa de povos indígenas, a magistrada mostrou disposição e criatividade ao desafio. Além disso, coordenou a edição da primeira Constituição federal em língua indígena, no ano passado.

 

MULHERES EM CARGOS DE AUTORIDADE

 

 

A nomeação de Andrea Medeiros para o TSE é um marco importante na valorização do potencial das mulheres em cargos de autoridade e tomada de decisão. Sua trajetória profissional e sua dedicação à causa indígena são exemplos de liderança e compromisso com a justiça.

 

A confirmação de sua nomeação ocorreu na semana passada, quando a ministra Cármen Lúcia comunicou de sua opção pela magistrada amazonense à presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), desembargadora Nélia Caminha. A nomeação deve ocorrer nos próximos dias, por ato do ministro Alexandre de Moraes.

 

Este é um momento significativo para todas as mulheres, especialmente para aquelas que aspiram a cargos de liderança. É uma prova de que, com dedicação e trabalho duro, as mulheres podem alcançar posições de autoridade e fazer a diferença na sociedade. A história de Andrea Medeiros é uma inspiração para todas nós.

 

JUÍZA ANDREA MEDEIROS E A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM NHEENGATU

 

 

Em 2023, a juíza Andrea Medeiros realizou um trabalho de grande repercussão no Judiciário nacional: a edição da primeira Constituição Federal em nheengatu. Este feito histórico foi coordenado por ela, em uma colaboração que reuniu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM).

 

UM MARCO DE IGUALDADE SOCIAL

 

A edição da Constituição Federal em nheengatu é um marco importante na luta pela igualdade social e contra a discriminação. A língua nheengatu é falada por muitos povos indígenas na região do Amazonas, e a disponibilidade da Constituição nessa língua significa que esses povos agora têm acesso direto aos direitos e deveres previstos na lei máxima do país.

 

RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA

 

O trabalho de Andrea Medeiros vai além do simples ato de tradução. É um reconhecimento e uma valorização da cultura indígena, um passo importante para a inclusão desses povos no cenário político e jurídico do Brasil. A vinda da ex-ministra do STF Rosa Weber ao Amazonas para ressaltar o marco da obra é uma prova do impacto e da importância desse trabalho.

  

ANDREA MEDEIROS: UMA INSPIRAÇÃO

 

 

A trajetória de Andrea Medeiros, desde sua atuação como juíza na 5ª Vara Criminal da Comarca de Manaus até sua nomeação para o TSE e a coordenação da edição da Constituição em nheengatu, é uma inspiração para todas as mulheres. Ela mostra que, com dedicação e trabalho duro, é possível alcançar posições de autoridade e fazer a diferença na sociedade. Sua história é um exemplo de liderança feminina e compromisso com a justiça e a igualdade social.

  

O IMPACTO DA CONSTITUIÇÃO EM NHEENGATU NA VIDA DOS POVOS INDÍGENAS

 

 

A tradução da Constituição Federal para a língua indígena Nheengatu tem um impacto significativo na vida dos povos indígenas. Aqui estão alguns pontos importantes:
Acesso ao Conhecimento: A tradução garante aos povos indígenas o acesso ao conhecimento sobre seus direitos constitucionais. Isso é fundamental para que eles possam exercer plenamente seus direitos e participar ativamente da sociedade.
Valorização das Línguas Indígenas: A tradução também valoriza as línguas indígenas, reconhecendo-as como parte integral do patrimônio cultural do país.

 

Inclusão e Respeito à Diversidade Cultural: A Constituição em Nheengatu fortalece a inclusão e o respeito à diversidade cultural, reafirmando o compromisso com a proteção e preservação das línguas indígenas.
Reconhecimento dos Direitos Indígenas: A Constituição de 1988 reconhece os direitos territoriais dos povos indígenas como originários e imprescindíveis para a preservação de sua cultura e organização social.
Precedente para Outras Traduções: A tradução em Nheengatu abre precedente para que outros povos tenham os direitos traduzidos em suas línguas.

 

Portanto, a tradução da Constituição para o Nheengatu é um passo importante para a promoção da igualdade, do respeito à diversidade cultural e da inclusão dos povos indígenas na sociedade brasileira. Em meio à vastidão da floresta amazônica, uma luz brilha intensamente. Essa luz é a juíza Andrea Medeiros, uma amazonense que, com sua coragem e determinação, conquistou um cargo de grande visibilidade, elevando o estado do Amazonas no cenário nacional.

 

Andrea não se limitou ao papel que lhe foi atribuído como juíza. Ela olhou além, enxergou aqueles que por muito tempo foram ignorados e discriminados. Ela viu a riqueza de uma cultura cujas raízes estão profundamente entrelaçadas na história de nossa nação.

 

Maria Santana, a visionária por trás do Portal Mulher Amazônica e do Ela Podcast, juntamente com sua equipe, celebra a extraordinária Andrea Medeiros. “Andrea Medeiros transcende seu papel de juíza, tornando-se um farol de esperança para todos que se sentem à margem da sociedade. Ela é a personificação viva de que é possível superar obstáculos e fazer a diferença”, declara Maria Santana.

 

Em conclusão, a história de Andrea Medeiros é uma inspiração para todos nós. Ela nos mostra que, independentemente de onde viemos, podemos alcançar grandes alturas e fazer a diferença no mundo. Sua jornada é um testemunho do poder da resiliência, da coragem e da determinação. E, acima de tudo, é um lembrete de que cada um de nós tem o potencial de ser uma luz brilhante no mundo.

 

Parabéns, Andrea Medeiros, por sua conquista notável. Você é, sem dúvida, uma verdadeira heroína amazonense. Sua história continuará a inspirar e a iluminar o caminho para muitos outros.

 

Primeira tradução da Constituição da República Federativa do Brasil para a língua indígena Nheengatu

 


 

Acesse o link : https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2023/07/constituicao-nheengatu-web.pdf

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