Dias antes do tsunami que causou o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011, um peixe raro, conhecido como peixe-remo, foi visto no país. Desde então, o aparecimento desta espécie tornou-se uma espécie de lenda que o associa a fenômenos naturais extremos. Apesar de não ter evidências da relação entre sua aparição e tragédias, o “peixe do fim do mundo foi visto recentemente em praias do México e do Vietnã, causando temor entre os moradores das regiões.
Segundo a ONG estadunidense Ocean Conservancy, o peixe-remo habita águas profundas, de até mil metros de profundidade, o que explica sua rara aparição em regiões costeiras, e pode medir de 3 metros a 11 metros de comprimento. A teoria por trás da lenda é que essa espécie emergiria com os sinais de tremores que começam no fundo dos oceanos.
Em entrevista ao G1, o professor de oceanografia Paulo Ricardo Schwingel explicou que o peixe-remo pode ser encontrado em todo o planeta, exceto nas regiões polares. “É um dos maiores peixes do mundo em comprimento. Se pensarmos em grupos de peixes ósseos, é o maior do planeta”, disse Schwingel. Ele também destacou uma característica raríssima do peixe-remo: a autoamputação, onde o animal pode comer parte de sua própria cauda, possivelmente devido à fome.
O biólogo Pedro Henrique Tunes detalhou que, além de ser bem achatado e comprido, a principal característica da espécie são suas nadadeiras em formato de remo localizadas na frente de seu corpo, o que dá origem ao seu nome.