O ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal na última sexta-feira (14), após ser acusado de participar de incêndio que vitimou sua mãe, Zely Alves Curvo, de 94 anos, em Águas Claras. Zely morreu em 31 de maio dentro do apartamento onde morava com Lauro, que não estava presente no momento do incidente.

O filho já havia sido detido em maio de 2023 por recusar-se a levar a mãe para casa após alta hospitalar, sendo descrito por familiares como agressivo e problemático. Os parentes de Zely, que vivem em diferentes estados do Brasil, relataram à época da primeira detenção que Lauro era uma pessoa conflituosa e controladora, que restringia o contato da idosa com a família.

A investigação sobre as circunstâncias do incêndio está sob responsabilidade da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), que ainda não determinou se o fogo foi criminoso. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal limitou as chamas ao quarto da idosa, evitando sua propagação pelo apartamento, mas não conseguiu impedir a morte de Zely.

Lauro é formado em medicina especialista em ginecologia, mas não atua desde 2010 por ser condenado em primeira e segunda instâncias após ser denunciado por duas pacientes de tocá-las indevidamente durante exames clínicos, entre 2009 e 2010, no Centro de Saúde nº 1, em São Sebastião. Na ocasião, uma das vítimas tinha 17 anos e estava grávida. Ele também teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).