Mais Notícias : Câncer colorretal: conheça as causas, sintomas e como tratar
Enviado por alexandre em 28/06/2024 00:40:22

Especialista fala sobre os fatores de risco do câncer colorretal e explica a importância do diagnóstico precoce para o tratamento da doença

O número de pacientes com menos de 55 anos com câncer colorretal dobrou nas últimas três décadas, de acordo com relatório da Sociedade Americana de Câncer. Tradicionalmente, esse tipo de câncer era mais comum em indivíduos com idade mais avançada, mas mudanças no estilo de vida, alimentação e outros fatores ligados às gerações mais jovens podem estar contribuindo para essa tendência preocupante.

 

O câncer colorretal é um tipo de câncer que começa no cólon ou no reto, partes do intestino grosso. Geralmente, esse câncer se desenvolve a partir de pólipos, pequenas massas de células que podem crescer na parede interna do cólon e do reto, transformando-se em tumores com o decorrer do tempo.A razão por trás do aumento significativo dos casos de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos envolve diversos fatores, conforme cita o médico da área de Gastroenterologia da rede AmorSaúde, Marcus Barreto.

 

“Uma das principais causas é o aumento da obesidade infantil, decorrente de hábitos de vida ruins e alimentação inadequada, rica em condimento, fast food e alimentos industrializados. Já no caso dos adultos, um agravante é o consumo excessivo de álcool, além do estilo de vida sedentário com alimentação irregular, obesidade e estresse”, cita o profissional.Os sintomas do câncer colorretal podem variar, conforme explica o médico, mas alguns sinais comuns incluem:

 

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Mudanças nos hábitos intestinais (diarreia ou constipação);
Sangue nas fezes;
Dor abdominal persistente;
Perda de peso inexplicada;


Anemia obscura, ou seja, sem causa definida.O diagnóstico precoce é a chave para o tratamento, aumentando as chances e a taxa de cura. “Um câncer que tem um bom prognóstico, ou seja, quando o diagnóstico é precoce, tem uma taxa de sucesso grande. Justamente por isso, cada vez mais temos preconizado a colonoscopia a partir de 45 anos”, revela o especialista.

 

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No caso de pacientes mais jovens com risco genético, os exames podem ser efetuados até mesmo antes dos 45 anos. “Em pacientes que têm histórico de câncer colorretal de 1º grau, iniciamos o rastreio 10 anos antes da idade em que o ente de 1º grau teve diagnóstico ou, então, aos 40 anos”, pontuaO tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença, da localização do tumor e das condições gerais de saúde do paciente. De acordo com o médico, a abordagem do tratamento do câncer colorretal será de acordo com o tipo histológico.

 

“A maior parte deles são adenocarcinoma, ou seja, são um tipo histológico que é possível ser evitado através do screening, fazendo a colonoscopia, identificando lesões pré-cancerígenas, que seriam os pólipos, de forma precoce, sendo feita a polipectomia, evitando, assim, a chance de diagnóstico de câncer colorretal”, explica Marcus.

 

Câncer do cólon (intestino grosso) e reto | Uniprocto & Gastro

Fotos: Reprodução

 

Caso o câncer colorretal já tenha sido diagnosticado, a abordagem terapêutica define se ele está localizado àquela região específica do intestino, ou se ele já está em algum outro local, e se é invasivo ou não invasivo. “Em alguns casos, será realizada apenas a cirurgia; em outros casos, é necessário combinar também o processo de quimioterapia e radioterapia. Porém não é possível generalizar, porque o tratamento é individualizado a depender do caso”, afirma. A prevenção do câncer colorretal envolve mudanças no estilo de vida e vigilância médica. Investir em um estilo de vida saudável faz bem para a saúde integral do indivíduo, contribuindo para a prevenção do câncer colorretal.

 

“Adote hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividade física regular e a alimentação rica em fibras, de modo que o intestino funcione de forma regular, de preferência, todos os dias. Evite o uso excessivo de bebida alcoólica e controle o peso, evitando a obesidade”, indica.

 


 

Além disso, é preciso estar atento (a) aos sinais da doença, principalmente a presença de sangue nas fezes. “Como o sangramento nas fezes pode ser causa de doenças anorretais que tendem a ser tidas pela população como doenças comuns, a exemplo de hemorroida, isso acaba postergando o diagnóstico, fato que diminui a chance de cura”, alerta o médico.Por isso, é fundamental consultar um médico caso tenha algum dos sintomas e realizar exames de rastreamento regulares, como colonoscopia, especialmente se houver histórico familiar de câncer colorretal. A recomendação é que o rastreamento tenha início aos 45 anos, ou mais cedo para aqueles com maior risco.

 

Fonte: Saúde em Dia

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