Em um grupo de WhatsApp do qual participo onde os participantes tinham mais de sessenta anos, o assunto começou a girar em torno de vibradores e sua inconveniência em se falar sobre isso.Recentemente, participei da minissérie "Acende a Luz", com episódios falando sobre a sexualidade na terceira idade, e foi um sucesso.

 

Levei (e mostrei) meu brinquedinho vibratório predileto. Meu episódio é o um e se encontra no Globoplay.Tenho também uma página na amazon, onde o que não faltam são brinquedos vibratórios indispensáveis para qualquer idade adulta, em casal ou atividade solo, e nós da terceira idade (tenho 74 anos) não podemos nem devemos abrir mão do prazer, só porque meia dúzia de pessoas preconceituosas ainda nos veem como as figuras +60 de antigamente: um boneco curvado, amparado por uma bengala.

 

Saibam todos que: a sexualidade é uma parte intrínseca da experiência humana e se manifesta de diversas formas ao longo da vida. Contudo, quando se trata da terceira idade, essa questão ainda é cercada por muitos preconceitos e estigmas. A ideia de que a sexualidade é exclusiva dos jovens não só é equivocada como também pode ser prejudicial ao bem-estar dos idosos. Essa é a razão desta matéria, explorar a sexualidade na terceira idade, desmistificando preconceitos e ressaltando a importância de uma vida sexual ativa e saudável após os sessenta anos.

 

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A sexualidade na terceira idade não é menos importante do que em qualquer outra fase da vida. Ela pode até mesmo ganhar novas dimensões e significados. As pessoas mais velhas continuam a ter desejos, necessidades e capacidade de se envolver em relacionamentos íntimos e sexuais. Na verdade, estudos indicam que uma vida sexual ativa pode contribuir significativamente para a saúde física e mental, proporcionando maior sensação de bem-estar, melhor qualidade do sono, redução do estresse e até mesmo uma vida mais longa.

 

 

Claro que em alguns casos, as mudanças fisiológicas irão requerer algumas adaptações,Afinal, com a idade, ocorrem mudanças fisiológicas que podem afetar a sexualidade, mas isso não significa o fim da vida sexual. No caso das mulheres, a menopausa pode trazer alterações hormonais que resultam em secura vaginal e diminuição do desejo sexual. Já para os homens, a andropausa pode ocasionar uma diminuição gradual dos níveis de testosterona, afetando a libido e a função erétil. Felizmente, existem diversas maneiras de lidar com essas mudanças, como o uso de lubrificantes, terapia de reposição hormonal e medicamentos que auxiliam na disfunção erétil e quem acompanha meu trabalho SABE que a ginástica íntima soluciona a maioria senão todos esses problemas.

 

QUEBRANDO PRECONCEITOS

 

A sociedade frequentemente perpetua a ideia de que os idosos se tornam assexuados ou que a sexualidade na terceira idade é algo "inapropriado" ou "desnecessário". Esse preconceito é extremamente danoso, pois desconsidera a realidade das necessidades e desejos das pessoas mais velhas.

 

A mídia, por exemplo, raramente representa a sexualidade na terceira idade de maneira positiva ou realista, contribuindo para a manutenção desses estigmas. Por isso, aplaudimos de pé a iniciativa dos diretores da minissérie "Acende a Luz", que trouxe à baila esse assunto normalmente deixado de lado, como “não interessante”.

 

Fotos: Reprodução

 

Educação sexual não é apenas para jovens. Oferecer informações precisas e abertas sobre sexualidade para idosos pode melhorar significativamente a qualidade de vida. Programas de educação sexual para a terceira idade podem abordar temas como:

 

-Mudanças fisiológicas e emocionais relacionadas ao envelhecimento.

-Dicas para manter a intimidade e o prazer sexual.

-Métodos de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

-Comunicação com parceiros sobre desejos e limites.

-Relacionamentos e Intimidade

 

A terceira idade pode ser um momento de redescoberta da intimidade. Com mais tempo disponível após a aposentadoria e possivelmente menos responsabilidades familiares, muitos idosos encontram novas formas de se conectar com seus parceiros. Além disso, o crescimento das redes sociais e sites de encontros específicos para a terceira idade facilita o estabelecimento de novos relacionamentos, permitindo que as pessoas mais velhas explorem novas possibilidades de amor e afeto.Saúde Mental e Sexualidade

 

Uma vida sexual ativa e satisfatória está fortemente ligada à saúde mental dos idosos. Sentir-se desejado, amado e capaz de proporcionar prazer ao parceiro pode elevar a autoestima e o senso de identidade. Além disso, a intimidade física libera endorfinas e oxitocina, hormônios que promovem a felicidade e o bem-estar emocional como falo em várias matérias e vídeos.

 

Enfim: Nada contra quem gosta de tricô e adoraria saber fazer, mas uma escolha não elimina outra e meus brinquedinhos vibratórios continuarão no topo das atividades prazerosas a que me dedico. Sugiro fortemente que tenha os seus!

 

Entenda e repasse essa informação: a sexualidade na terceira idade é uma parte vital e enriquecedora da vida. Ao reconhecer e respeitar as necessidades sexuais dos idosos, a sociedade pode promover um envelhecimento mais saudável e feliz. É crucial combater os preconceitos e estigmas que cercam essa questão, incentivando uma visão mais inclusiva e positiva da sexualidade em todas as fases da vida. Afinal, o direito ao prazer e à intimidade não tem idade.

 

ANOTE ALGUMAS DICAS IMPORTANTES

 

1. Manter-se Ativo

A atividade física regular ajuda a melhorar a circulação sanguínea, a flexibilidade e o humor, todos fatores importantes para uma vida sexual saudável. Caminhadas, natação, ioga e exercícios leves são ótimas opções.

 

2. Comunicação Aberta

 

Converse abertamente com seu parceiro sobre desejos, preocupações e limitações. A comunicação clara pode ajudar a melhorar a intimidade e resolver possíveis problemas e sinceramente? Essa é uma dica imprescindível para casais de todas as idades.

3. Explorar Novas Formas de Intimidade

A intimidade não se resume apenas ao ato sexual. Carinhos, beijos, abraços e massagens podem fortalecer o vínculo emocional e físico.

 

4. Manter-se Informado

 

Procure informações sobre sexualidade na terceira idade, mudanças fisiológicas e opções de tratamentos disponíveis. Isso pode ajudar a lidar melhor com as mudanças naturais do corpo.

 

5. Usar Lubrificantes

 

Lubrificantes podem ajudar a reduzir a secura vaginal e aumentar o conforto durante a relação sexual. Existem várias opções disponíveis no mercado, incluindo lubrificantes à base de água.

 

6. Consultar um Profissional de Saúde

 

Visitar um médico regularmente é essencial para monitorar a saúde sexual e tratar qualquer problema que possa surgir, como disfunção erétil ou problemas hormonais.

 

7. Reduzir o Estresse

 

Práticas como meditação, ioga e técnicas de respiração podem ajudar a reduzir o estresse, melhorando o bem-estar geral e a vida sexual.

 

8. Manter uma Dieta Saudável

 

Uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, pode melhorar a energia e a vitalidade, influenciando positivamente a vida sexual.

 

9. Dormir Bem

 

O sono adequado é fundamental para a saúde geral e para manter os níveis de energia. Certifique-se de ter uma rotina de sono regular e de qualidade.

 

10. Explorar Novos Produtos e Acessórios

 

Não conhece? Entre no link que coloquei na matéria, lá estão produtos variados que podem incrementar a vida sexual e como disse na outra dica, de casais de qualquer idade, porque desestímulo, cansaço e baixa libido não tem idade para aparecer e as novidades combatem esses males. Existem muitos produtos e acessórios que podem ajudar a melhorar a vida sexual, como brinquedos sexuais, que podem proporcionar novas formas de prazer e intimidade.

 

 Fonte: Extra