O recorde de três dias sem treta no grupo de WhatsApp Informativo RO já estava para ser quebrado neste domingo (7), mas o secretário de Estado de Esportes, Júnior Lopes, resolveu trocar alfinetadas com o presidente do Porto Velho Esporte Clube, Jedson Lobo. Após muitas farpas, a turma do deixa disso entrou em ação e outros participantes conseguiram mudar o assunto.

Jedson Lobo começou reclamando do gramado do estádio Aluízio Ferreira, dizendo que a grama está se acabando, e que o clube tem que tirar dinheiro do bolso para contratar caminhão pipa, porque nem o prefeito nem o governador apoiam. É claro que isso atingiu o secretário de Esportes.

O Porto Velho Esporte Clube, aliás, fez uma parceria milionária com a Gazim, e passou a se chamar Gazim Porto Velho. Em nome da tradição e mandando um abraço para o pessoal da Gazim, o Entrelinhas vai manter o nome original do clube neste artigo.

Jedson Lobo reclamava da falta de investimento do poder público no esporte profissional, e citava as despesas do Porto Velho Esporte Clube, cerca de R$ 250 mil por mês. Para quem não sabe, um clube é uma empresa, e se não correr atrás do prejuízo, fecha as portas.

Júnior Lopes respondeu que o governo tem feito sua parte para beneficiar os clubes, sem precisar da Federação de Futebol Profissional, “pois os clubes não tem coragem de peitar a federação”. O mais sério foi quando o secretário de Esportes disse que os clubes têm “o rabo preso” com a federação, sem explicar propriamente o que seria isso. Por isso, segundo ele, estariam culpando o governo.

Jedson Lobo ainda rebateu, dizendo que ele é o único clube que é contra o ex-deputado estadual Heitor Costa. Isso depois que Júnior Lopes insistiu em afirmar que todos os clubes têm o “rabo preso” com a Federação de Futebol.

Alguns pontos engraçados marcaram a troca de alfinetadas. Após diversas reclamações de Jedson Lobo, Júnior Lopes disse que toda vez que o Flamengo usa o Maracanã, desembolsa um aluguel astronômico, pois os estádios públicos são alugados para que os clubes joguem.

“Um exemplo é para ligar a luz do estádio do Amazonas. Se paga R$ 20 mil para jogar à noite, por isso muitas vezes jogam de dia, com a melhor iluminação disponível”, respondeu Júnior Lopes, quando Jedson Lobo reclamou da iluminação do Aluízio Ferreira.

A parte cômica continua, com Jedson Lobo explicando que o clube deseja jogar à noite para que sua torcida tenha prazer de ir ao estádio, pois em um sol tão quente não é fácil para as crianças.

“A Seleção Brasileira, conforme a lei da Fifa e da CBF, joga às 15h30, da tarde. Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar jogam às 15 horas da tarde, pois são atletas de alto rendimento. Porém o Porto Velho e seus atletas não podem, porque tá quente”, alfinetou Júnior Lopes. Ou seria farpou Júnior Lopes?

Parece que o governador e o prefeito precisam sentar com os dois. Oferecer alguma ajuda. Isso tudo sem se esquecer que clubes de futebol são empresas. E também sem se esquecer que o povo gosta de futebol, como diversão e alegria.