Uma fonte do Entrelinhas informou que um vereador com domicílio político nas redondezas dos assentamentos rurais do Incra na área da antiga Fazenda Santa Elina, em Corumbiara-RO, onde ocorreu o Massacre de Santa Elina, em 1995, está ficando milionário com aquisição de terras públicas. Em vez de ajudar pequenos produtores assentados a melhorarem de vida, ele usa a força política e financeira do mandato para comprar parcelas de terras de colonos, desesperados pela falta de infraestrutura onde moram. Faltam estradas, escolas e postos de saúde.
Lotes
O vereador já teria comprado vários lotes, formado pastagem, e hoje tem uma renda considerável somente em aluguel de pasto. A legislação federal não permite a comercialização de glebas destinadas a trabalhadores rurais, e menos ainda a aquisição de vários lotes, constituindo fazendas dentro de um assentamento destinado à reforma agrária. Os ilícitos praticados pelo vereador são de natureza federal, por tratar-se de área do Incra, uma autarquia da União.
Polícia Federal
Além das perdas das áreas adquiridas mediante fraude, a autoridade política responderá por crime, podendo encerrar de forma precoce sua carreira política. Já se sabe que o dito vereador já está pensando em sequer ser candidato à reeleição, devido a muita dificuldade no processo eleitoral e também ao medo de abrir as portas de casa para receber seus eleitores e dar de cara com a PF.
Vilhena
Por Falar em Cone Sul, o advogado Caetano Neto fez um alerta. O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), deu uma de moralista e disse que não haveria aumento de salários no Executivo em 2025. Assim, o prefeito dava uma paulada na Câmara de Vereadores, onde terá aumento no próximo ano. Acontece que Flori não recebe salário de prefeito, e sim de delegado. E um delegado ganha muito mais do que um prefeito. Assim é fácil dizer que não terá aumento no Executivo.
Espertinho?
Vamos ao alerta de Caetano Neto. O advogado disse ser preciso verificar se a prefeitura de Vilhena está restituindo à Polícia Federal o dinheiro pago de salário ao delegado. Convenhamos: é difícil que a direção da PF tenha concordado em não pedir restituição, já que ele está sendo prefeito porque quer, e está afastado das funções de delegado. Se Caetano Neto estiver certo, o povo merece ficar sabendo da jogada. Teria delegado espertinho em Vilhena? Teria Flori optado pelo salário de delegado, que é maior, e a prefeitura teria que restituir a PF? E com tudo isso ele ainda estaria dando uma de moralista, dizendo que não terá aumento no Executivo?
Itapuã
E por falar em espertinho, em Itapuã do Oeste apareceu mais uma do prefeito Moisés Garcia Cavalheiro. Lembram dele? É aquele prefeito que recebe pecúnia, uma invenção da prefeitura em conluio com a Câmara de Vereadores. Dizem que aprovaram uma lei municipal, dando esse direito ao prefeito e também ao vice-prefeito de Itapuã. Aparentemente não é apenas imoral. Parece mais uma tarefa para o Ministério Público. O prefeito Cavalheiro não está sendo nada cavalheiro.
Marmitas
Agora veio à tona que o prefeito Moisés Cavalheiro comprou um bocado de marmitex, e que a compra totalizou R$ 386 mil. Mais de R$ 32 mil por mês, mais de R$ 1 mil por dia. É bom lembrar que a prefeitura não tem muitos funcionários. É marmitex pra dar com pau. Para complicar, dizem que o pré-candidato a prefeito e ex-secretário Municipal de Administração ajudou a aprovar as licitações. Para completar, as marmitas serão entregues por um pré-candidato a vereador e amigo do prefeito. Pode isso, Arnaldo?