Coluna Mulher : Mulher e riqueza natural na Amazônia ribeirinha
Enviado por alexandre em 11/07/2024 10:22:24

As mulheres rurais ribeirinhas como riqueza natural dessa Amazônia infinita e desconhecida.

 A Ilha das Onças, às margens da baia do Guajará, é umas das maiores do município de Barcarena, estado do Pará. Ao longo das suas margens, em recônditos inimagináveis, sobrevivem inúmeras comunidades ribeirinhas. Dentre estas muitas comunidades/localidades, lá encontramos uma em especial chamada furo do Nazário, assim como tantas outras, desconhecidas para o resto do mundo, esquecida pelo poder público assim como os seus habitantes também são desconhecidos por ele.

 

Diante desse contexto e da obrigação política que a sociedade na totalidade tem para com a população, e de todas as adversidades cruéis impostas por esse ‘habitat’ tão lindo e natural, surgiu a resiliência de tantas mulheres inconformadas com a disparidade de desigualdades sociai as mulheres rurais ribeirinhas como riqueza natural dessa Amazônia infinita e desconhecida*. Escrever sobre esse tema me reporta a realidade de onde vim, de onde existir, de onde me enxergo, como mulher e riqueza mais que natural desse contexto.

 

Às margens dos imensos rios da Amazônia, escondida dos olhos dos homens e da sociedade, grandes e densas matas abrigam mulheres pobres e anônimas que lutam incansavelmente pela sobrevivência. Ironicamente por que vivem na maior riqueza natural do mundo nas minhas práticas e vivências não via um futuro, no sentido positivo de empoderamento e resgate do que sou hoje. Mas é preciso considerar que já houve tempos mais inóspitos ao longo dos anos, pois, por muito tempo, desde a existência da mulher ribeirinha, não há um olhar mais dedicado do poder público para com elas.

 

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A identidade das mulheres ribeirinhas, creio, passa um pouco despercebida pelos pesquisadores, ao que parece pelo difícil acesso a essas comunidades em que residem com mulheres esquecidas tanto pelo poder inato e belo.

 

Que dizer que muitas dessas ainda caladas pela desigualdade geográfica e social somos mulheres com vivências extraordinárias e ricas porque estamos ligadas ao cenário mais rico e precioso do mundo o que nos leva diretamente ao contato com o fortalecimento da espiritualidade, pois somos mulheres de muita fé extraímos da natureza, da presença de Deus no dia a dia o nosso alimento, através das nossas mãos sensíveis e braçais e das nossas relações com maridos e filhos, somos extremamente fortes e, ao mesmo tempo, frágeis quer dizer que aquilo pelo qual a mulher é comumente (re)conhecida, isto é, um ser frágil “nascida”, porém para os trabalhos da mata é algo transmitido historicamente e mantido/preservado conforme a cultura de cada localidade.

 

Fotos: Reprodução/Internet

 

E necessário que sejamos ENXERGADAS pelo mundo, não como objetos de produção extrativista, mas sim pela nossa riqueza natural de resistir a tantos esmago sociais afinal feminilidade possuímos como as tantas outras mulheres urbanas que também lutam não aceitamos mais sermos vistas como mulheres ignorantes de conhecimento educacional e social, temos em nossas mãos o maior conhecimento do mundo, o saber de viver na mata e dos rios onde nossas relações são estabelecidas por uma sobrevivência inata, rica e preciosa para o mundo deste modo a minha experiência é fundamental para que muitas mulheres pobres se reconheçam como herdeiras e ricas na Amazônia ribeirinha, se resinifiquem na sua própria história *ribeirinha*, onde suas relações com a natureza sejam elevadas com importância para a sociedade e o mundo.

 

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Aqui fica o meu eterno agradecimento a todas as mulheres que me fizeram e me tornaram *mulher ribeirinha herdeira de poder extraordinário e de sabedoria natural. Que esta seja apenas um desvelar para muitas mulheres ribeirinhas se enxergarem com importância e irem à luta pela sua melhor resistência social!

 

Fonte: Uol

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