Política : Missa às margens do Rio Acre homenageia coragem e sacrifício da menina Auricléia, há mais de 50 anos
Enviado por alexandre em 15/07/2024 15:50:02

O estado intocado do corpo de Auricléia após vários dias nas águas do rio Acre. Não havia sinais de decomposição ou de ter sido perturbado por animais aquáticos, um fenômeno descrito por muitos como um verdadeiro milagre.

Este evento não apenas celebrou a vida de Auricléia, mas também reafirmou seu papel duradouro como um símbolo de coragem e fé para a comunidade de Brasiléia. Foto cedida

Neste último sábado, dia 13 de julho, a pequena comunidade de Baturité, zona rural de Brasiléia, foi palco de uma comovente celebração em memória da menina Auricléia, a jovem cujo ato de heroísmo há mais de meio século continua a inspirar gerações. A missa, realizada na capelinha recentemente erguida às margens do Rio Acre, reuniu familiares, amigos e moradores locais para homenagear a coragem e o sacrifício de Auricléia, perdeu sua própria vida em um ato heroico durante um naufrágio.

Auricléia tinha apenas 10 anos de idade quando o trágico incidente ocorreu. Em um ato de bravura incomparável, ela salvou seis de seus irmãos antes de sucumbir nas águas turbulentas do rio acre enquanto tentava resgatar o último deles.

A cerimônia religiosa, conduzida pelo Padre Robson Eudes. Paróquia Nossa Senhora das Dores, reuniu familiares, amigos e membros da comunidade do Baturité, zona rural de Brasiléia. Nas palavras do padre, Robson foi lembrada não apenas por seu sacrifício final, mas também pela coragem que demonstrou em um momento de extrema adversidade.

“O que Auricléia fez naquele dia vai além de qualquer ato de heroísmo. Ela personificou o amor e a dedicação que devemos uns aos outros, especialmente em tempos de perigo”, afirmou Padre Robson durante a homilia emocionada.

A comoção e a gratidão foram visíveis entre os presentes, que se reuniram para celebrar a vida e o legado da menina Auricléia, agora reconhecida como um símbolo de altruísmo e coragem na história local.

Ao final da cerimônia, flores foram lançadas no rio em memória de Auricléia, lembrando a todos que seu espírito vive não apenas nas águas que testemunharam sua bravura, mas também nos corações daqueles que foram tocados por sua história.

Em um ato de bravura incomparável, ela salvou seis de seus irmãos antes de sucumbir nas águas turbulentas do rio acre enquanto tentava resgatar o último deles. Foto cedida

Desde então, relatos de milagres atribuídos à “alma milagrosa” da menina Auricléia, considerado por muitos da região como uma anjinha, têm se multiplicado. Muitos residentes afirmam ter recebido graças após orações feitas no local onde seu corpo foi encontrado às margens do Rio Acre. Em resposta à devoção popular, foi decidido erguer uma capelinha no local sagrado, um tributo à memória da jovem que se tornou um símbolo de fé e coragem em Brasileia.

O que mais surpreendeu a todos foi o estado intocado do corpo de Auricléia após vários dias nas águas do rio Acre. Não havia sinais de decomposição ou de ter sido perturbado por animais aquáticos, um fenômeno descrito por muitos como um verdadeiro milagre. Essa preservação inexplicável reforçou a crença na santidade da menina Auricléia entre os moradores locais, que continuam a compartilhar sua história como um testemunho de heroísmo e proteção divina.

“A história de Auricléia é parte essencial da comunidade do Baturité, zona rural de Brasiléia, as margens do rio Acre. Ela não só salvou seus irmãos, mas também nos mostrou que há algo maior além de nós mesmos”, disse Dona Maria, uma das moradoras mais antigas de Brasileia, cuja família mantém viva a memória da jovem há mais de meio século.

Enquanto a capelinha toma forma nas margens do rio acre, a história de Auricléia continua a inspirar, lembrando a todos que a verdadeira bravura e o amor altruísta transcendem o tempo e o espaço.

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