Imagem reproduzida das redes sociais

Após um longo processo judicial, Abinadab Costa Morais foi condenado a 20 anos e 2 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Ângela Rocha Pereira, de 23 anos. O crime hediondo ocorreu em abril de 2022 na cidade de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, chocando a comunidade local e gerando revolta nacional.

Ângela Rocha Pereira foi encontrada sem vida por um catador de recicláveis no lixão da cidade, já em avançado estado de decomposição e parcialmente queimada. A brutalidade do crime, cometido na frente da filha do casal, de apenas dois anos, deixou marcas indeléveis na memória da comunidade.

Durante o julgamento, que ocorreu sob intensa comoção popular, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) argumentou com veemência pela condenação de Abinadab por feminicídio e por crime cometido com extrema crueldade. Os jurados entenderam que o réu não só ceifou a vida de Ângela de maneira brutal, mas também tentou ocultar o crime de forma premeditada, queimando seu corpo no lixão da cidade.

Além das provas contundentes apresentadas pelo MPMT, como as marcas de faca no corpo da vítima e as manchas de sangue encontradas no teto do quarto do casal, o réu tentou fugir após o crime, levando consigo a filha pequena. Sua tentativa de fuga foi frustrada cinco dias após o homicídio, quando foi localizado escondido em um posto de combustível próximo ao local onde tentava embarcar para Boston, Massachusetts, com a ajuda de um irmão e um líder religioso residentes no estado norte-americano.

A sentença proferida pelo juiz determina que Abinadab Costa Morais cumpra sua pena integralmente em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade. A comunidade de Colniza, que se uniu em apoio à família da vítima durante todo o processo, vê na decisão judicial um passo importante para a justiça e para a memória de Ângela Rocha Pereira.